Lucas discorrendo sobre os ensinamentos de
Jesus, relatou que certa feita ele assim disse: “A árvore que produz maus
frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má; porquanto, cada
árvore se conhece pelo seu próprio fruto. O homem de bem tira boas coisas do
bom tesouro do seu coração e o mau tira as más do mau tesouro do seu coração;
porquanto, a boca fala do que o coração está cheio. (Lucas, 6:43)
Em tempo de separação do joio do trigo, estamos
imersos numa nuvem de falsas informações, fruto de intensões veladas, que podem
nos conduzir ao erro de interpretação dos fatos prejudicando nosso caminhar na
busca evolutiva.
É hora, portanto, de prestarmos muita atenção
na essência daquilo que nos chega como informação ou instrução, para
conhecermos qual a verdadeira intenção oculta na forma elaborada da
apresentação da informação.
Pelo fruto conhecereis a árvore, nos ensinou
Jesus e hoje temos muitos meios de checar as informações. Temos um arsenal de ferramentas
cibernéticas que nos permitem verificar a veracidade do que nos apresentam como
sendo a verdade, porém, nesse ensinamento, o Mestre nos orienta a prestar
atenção nos frutos das arvores, ou seja a prestar atenção nas atitudes do
informante, pois são as atitudes que nos dão a pista se a fonte é confiável ou
não.
Em seu Sermão Profético Jesus nos alertou do
surgimento de falsos cristos e falsos profetas que surgiriam dizendo “Eu sou o
Cristo” e seduziriam a muitos.
Nessa parábola dos frutos e árvores ele nos deu
a dica precisa para, nesses tempos conturbados que vivemos, traçarmos um
caminho mais saudável e livre das más influências que borbulham à nossa volta.
O espírito que se apresentou a Kardec com o pseudônimo
de Luís, em 1861, assim discorreu sobre o assunto em tela:
“É assim, meus irmãos, que deveis julgar; são
as obras que deveis examinar.
Se os que se dizem investidos de poder divino
revelam sinais de uma missão de natureza elevada, isto é, se possuem no mais
alto grau as virtudes cristãs e eternas: a caridade, o amor, a indulgência, a
bondade que concilia os corações; se, em apoio das palavras, apresentam os
atos, podereis então dizer: Estes são realmente enviados de Deus.
Desconfiai, porém, das palavras melífluas,
desconfiai dos escribas e dos fariseus que oram nas praças públicas, vestidos
de longas túnicas. Desconfiai dos que pretendem ter o monopólio da verdade”.
Portanto, meus amigos, orai e vigiai!