segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Refazendo Conceitos

Quando iniciamos a jornada em busca do autoconhecimento, um dos primeiros conceitos que precisamos reformular é o conceito de Deus, pois ele deriva do conceito que nos deram d’Ele, do que entendemos por mundo, por humanidade e o conceito que temos de nós mesmos.

Desde a infância da nossa espécie, as religiões nos fizeram crer numa imagem de Deus feito à nossa imagem e semelhança, mesmo dizendo que fomos feitos à imagem e semelhança d’Ele.

Ainda, mais, acrescentaram à imagem humana, a da autoridade terrena, poderosa pela força que tem. Esse Deus que julga e condena é o protótipo do imperador, daquele que domina e subjuga e que exige tributos e veneração.

Aprendi a ver Deus de uma maneira diferente. Aprendi a ver Deus como uma fonte que emana amor continuamente. Isso me faz mais sentido.

Os primitivos povos andinos, norte-americanos, africanos e tantos outros tinham o Sol como a representação de Deus, e isso me parece uma representação bem mais racional. A fonte de luz e calor representando a fonte de vida. Deus como fonte primordial pulsando em todo o universo emanando luz.

Considerando que luz é calor e informação, Deus como a fonte de tudo que existe cria tudo o que existe e mais do que cria, alimenta e propicia o desenvolvimento de toda sua criação. A criação então deixa de ser algo estático, um ato isolado, para ser algo permanentemente alimentado pela permanente emanação de sua essência.

Deus emana a si próprio. Deus emana Deus, e sendo Deus amor, traduzido em luz e calor, estamos nós, suas criaturas, sendo constantemente alimentadas pela própria natureza d’Ele.

Aprendizes, discípulos, iniciantes necessitam rever esse conceito e então começar a ver a si próprios como verdadeiros filhos de Deus, não na forma desejada por aqueles que tentam controlá-los, mas numa forma independente de autoafirmação, de participação autêntica.

Quando mudamos o conceito de Deus, mudamos o conceito a respeito de nós mesmos, nos tornando mais autoconfiantes, mais seguros, mais inteiros dentro do contexto universal. Nossas relações com o próximo tornam-se mais serenas, pois podemos inferir tratar-se de seres semelhantes e com a mesma essência que possuímos.

Ao compreendermos que somos partícipes da essência dessa fonte primordial que tudo cria, podemos entender nossa atribuição de co-criadores do universo e não mais temer nossa força e poder.

Experimente refazer seu conceito!

Sinta a diferença. Sinta-se invadido por felicidade e serenidade e, ao mesmo tempo, pelo senso de responsabilidade por tudo à sua volta, como nunca terá sentido antes.