quarta-feira, 9 de março de 2011

O Plano Espiritual da Terra


Historicamente viemos trabalhando nossa espiritualidade acreditando que vivemos num mundo à parte do plano divino.
O Clero Romano e sua Bíblia nos levaram a acreditar que nascemos na Terra, um lugar que faz parte do Universo onde habitam os homens. Fazendo parte do mesmo pacote de ilusões fomos levados a acreditar que existem basicamente dois lugares fora da Terra, dois destinos finais onde poderemos ir quando morrermos, o céu e o inferno, e que ambos ficam muito distantes daqui. O céu, no alto, entre as estrelas e os anjos e o inferno no centro da Terra, no meio do magma incandescente, acompanhado do que há de mais perverso.
Fomos, assim, levados a crer que a Terra é algo criado por Deus, mas fora do plano divino, uma espécie de satélite do paraíso.
As correntes espiritualistas têm uma noção um pouco diferenciada, acreditando que não há céu nem inferno, mas planos espirituais os quais alcançamos quando não estamos encarnados, mas continua a noção tácita de que enquanto encarnados vivemos nesse satélite divino.
Meus pensamentos têm me levado a cogitar outra configuração para a questão dos planos existenciais: primeiro que o plano terreno não é algo fora de Deus; segundo que o plano terreno é um dos planos existenciais do ser.
Assim sendo o plano terreno seria apenas mais um dos planos espirituais pelos quais o ser transita em sua caminhada evolutiva.
O que somos em verdade? Espíritos!
Então, enquanto nossa consciência está presa ao plano terreno, somos espíritos fazendo uma experiência emocional, nos comunicando por nossos cinco canais sensoriais.
Em vez de nos torturarmos mantendo extrema vigilância sobre nossos atos para podermos usufruir no futuro de uma vida tranquila num plano espiritual superior a ser atingido depois da morte, creio ser mais importante nos conscientizarmos de já estarmos vivendo num plano espiritual, que é superior a outros por onde já transitamos e usufruirmos de tudo o que este plano nos oferece como ferramenta para consecução de nossos ideais de harmonia e felicidade.
Precisamos viver intensamente aqui e agora, pois foi para isso que nos instalamos nessa faixa vibratória.
Podemos, assim, imaginar que em outros planos existem outras ferramentas adequadas aos trabalhos que lhe são intrínsecos.
Um bom caminho de libertação seria encontrar as ferramentas adequadas para cada ser, considerando que mesmo com a consciência limitada pela mesma faixa vibratória, temos, cada um, um pequeno diferencial, que nos personaliza e nos torna únicos em toda a constelação humana.
Minhas ferramentas não necessariamente são as mesmas de meu irmão carnal, embora tenhamos nascido do mesmo pai, da mesma mãe e com as mesmas atenções e oportunidades.
O conjunto de nossa obra é que nos dá esse pequeno diferencial. Quando falo em nossa obra estou falando de todas as experiências que já fizemos nesse e em outros planos existenciais.