sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Sobre a Solidão

Sem a solidão, o Amor não permanecerá muito tempo ao seu lado.

Porque também o Amor precisa de repouso, de modo que possa viajar pelos céus e manifestar-se de outras formas.

Sem a solidão, nenhuma planta ou animal sobrevive, nenhuma terra é produtiva por muito tempo, nenhuma criança pode aprender sobre a vida, nenhum artista consegue criar, nenhum trabalho pode crescer e se transformar.

A solidão não é a ausência do Amor, mas o seu complemento.

A solidão não é a ausência de companhia, mas o momento em que nossa alma tem a liberdade de conversar conosco e nos ajudar a decidir sobre nossas vidas.

Portanto, abençoados sejam aqueles que não temem a solidão. Que não se assustam com a própria companhia, que não ficam desesperados em busca de algo com que se ocupar, se divertir ou para julgar.

Porque quem nunca está só já não conhece mais a si mesmo. E quem não conhece a si mesmo passa a temer o vazio.


Paulo Coelho em 
"Manuscrito Encontrado em Accra"

sábado, 18 de agosto de 2012

Amor e Sofrimento

Como seres humanos encarnados, somos levados, pelas circunstâncias, a nos defrontar com o flagelo da dor. Essa nos atinge de diversas formas: na carne, na mente e na alma. Qual a mais cruel?

Não há como dimensionar. Cada qual vive a sua dor de uma maneira muito especial, dependendo da intensidade com a qual se olha no espelho. Sim, no espelho. Quanto mais egocêntricos, mais dor sentiremos.

A dor vem dos conflitos e uma das causas principais dos conflitos é a existência de um centro, resíduo de todas as lembranças, experiências, conhecimentos – o ego - e esse centro está sempre a traduzir tudo o que encontra nos termos daquilo que já conhece.

Há sofrimento em nossas relações com outrem. Ele é criado por uma ânsia interna de conforto, de segurança, de posse. Depois há esse sofrimento criado pela profunda incerteza que nos leva a procurar a paz, a segurança, a realidade, Deus.

Ansiando pela certeza, inventamos muitas teorias, criamos muitas crenças, e a mente fica limitada e enredada nas suas malhas e por isso é incapaz de se ajustar ao movimento da vida.

Não sei se você já observou como temos pena de nós mesmo, ao dizermos: “Estou sozinho no mundo.” No momento em que há autocompaixão, está preparado o solo em que o sofrimento lançará suas raízes.

Assim, para que um homem possa compreender o sofrimento, deverá começar livrando-se dessa brutal e egocêntrica trivialidade que é a pena de si mesmo. Podemos sentir autocompaixão por motivo de doença, a morte de alguém que nos era caro, ou por não nos termos realizado e, por conseguinte, nos sentirmos frustrados, mas, não importa qual seja a causa, a autocompaixão é a raiz do sofrimento.

Quando há sofrimento, não podemos amar. Quando dizemos que amamos alguém e esse alguém faz alguma coisa que desaprovamos e por isso sofremos, tal atitude demonstra que não amamos.

Tornamo-nos ciumentos, invejosos, nos enchemos de ódio; ao mesmo tempo dizemos: “Eu amo fulano! Um amor semelhante não é amor.

O ego com seu nome, sua forma e sua memória, é produzido pelo pensamento, mas, se o amor não é produzido pelo pensamento, então o sofrimento não tem relação alguma com o amor. Portanto, a ação que provém do amor é diferente da ação que provém do sofrimento.

Terminar o sofrimento é enfrentar a nossa própria solidão, o nosso apego, as nossas pequenas exigências de fama, nossa fome de ser amados.  Essa fragmentação da vida em “alto” e “baixo”, “Deus” e “Demônio”, gera conflito e dor.

Quando há sofrimento, não há amor. O amor e o sofrimento são incompatíveis.

sábado, 11 de agosto de 2012

Planos Existenciais

Há centena de anos vivemos procurando uma forma perfeita para exprimirmos algo que trazemos dentro de nós, mas não encontramos palavras que possam traduzir, de forma cabal, exatamente o que sentimos.

Buscamos figuras de linguagem que possam traduzir o que percebemos em nosso íntimo, mas qual, nada parece expressar exatamente o sentimento.

Não nos damos conta que estamos diante de duas realidades distintas, uma no campo a que chamamos de espiritual ou superior e a outra no plano conhecido como material ou inferior.

A idéia de planos superior e inferior também não corresponde à realidade, uma vez que são apenas planos existenciais em faixas vibratórias diferentes.

No universo, o que está em cima e o que está em baixo é sempre relativo, sempre depende do ponto de vista do observador.

A percepção do que ocorre em cada plano se faz por meio de sensores que diferem em concordância com esses ditos planos. Os sensores do plano material são aqueles dos quais mais nos valemos para desenvolver nossas relações com o mundo material.

Nosso corpo material é dotado de equipamentos desenvolvidos para a percepção das ondas vibratórias da faixa do mundo material. São formados de matérias do seu próprio mundo.

A audição, o tato, o olfato, a visão são percebidos pelo cérebro humano por meio de sistemas sofisticados projetados e desenvolvidos para que o ser humano sinta os impulsos do meio ambiente e dos seus parceiros de experiência humana.

Com esses sensores, o ser humano se comunica e recebe os impulsos de seus parceiros e do meio ambiente.

Entretanto, considerando que o ser humano não é só corpo físico, mesmo quando está encarnado, precisamos considerar outras formas de comunicação humana.

Antes do ser humano rotular-se de homem precisa considerar que a matriz que lhe confere e molda o corpo tem outra origem e pulsa noutro nível vibratório. Hermes, milhares de anos antes de Cristo, já dizia que no universo tudo é vibração.

À matriz humana chamamos de alma ou espírito. Esse espírito é eterno, o que significa que já existia antes do corpo nascer e continuará a existir por todo o sempre e independe do meio em que decida fazer uma experiência de aprimoramento consciencial.

O ser humano é uma consciência eterna e mutante, pois se reconfigura a cada experiência realizada. Todo ser humano é mutante, o que lhe dá a característica de ser único, pois sua configuração depende do tipo de experiência pela qual já passou nos mundos onde viveu.

Essa característica é uma das mais difíceis de aceitação pelos seres humanos com consciência presa ao plano material, uma vez que, aparentemente, todos são muito parecidos externamente, esquecendo de perceber a diferença na maneira como cada um se coloca no mundo, sempre em consonância com sua natureza e momento.

A matriz, ou espírito, também tem seus sensores para se comunicar com o meio circundante e com seus pares. Seus sensores são bem mais sutis e estão localizados nos centros de força com os quais se comunica com o corpo físico.

As sensações experimentadas nesse nível são de natureza diferente daquelas do corpo físico. O corpo físico emite o som da voz, mas a intenção que acompanha o som é emanado dessa outra instância humana, o espírito.

Os sentimentos são gerados no corpo sutil e ao serem expressados fazem com que as glândulas associadas aos chakras secretem na corrente sanguínea sua química correspondente.

Assim, a natureza dos sentimentos influencia diretamente no humor do ser físico bem como em sua saúde.

Impulsos elétricos emitidos sobre o sistema nervoso comandam o funcionamento das glândulas.

Química e sentimentos estão atrelados e fazem parte desse intricado sistema de comunicação do homem em seus níveis existenciais. Assim o corpo etérico – espírito - se faz sentir no mundo físico por meio de impulsos elétricos que geram ações e reações químicas no corpo físico.

Os dois, ou demais níveis existenciais do ser humano – os espíritualistas enumeram em sete - se manifestam em conjunto, sendo cada ação humana fruto da sua manifestação em mais de um plano existencial.

Quando falamos que precisamos escutar nossos sentimentos, estamos falando em cuidar para que nossa manifestação seja sempre coerente com nossos pensamentos e desejos, para que possamos manifestar exatamente nossa verdade.

Trona-se necessário estarmos inteiros em cada ação executada, quer seja em nosso favor, quer seja de outrem ou da humanidade.

Precisamos ter coerência entre o sentir e o fazer para não haver desencontro nas manifestações dos diversos planos existenciais e evitar conflitos e desconforto emocional e físico.

A esse desconforto chamamos de doença.

A essa coerência chamamos de saúde.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Da Imprevisibilidade dos Acontecimentos

Não há destino. O futuro nós construímos a cada dia com a tomada de decisões.

Estamos o tempo todo criando situações no nosso cotidiano. O encadeamento dessas situações forma o arcabouço de nosso futuro, mas não o determina.

A seqüência de nossas atitudes é que vai formando aquilo que chamamos de nossa vida. A vida é um desenvolver contínuo de nossas aspirações, é o resultado de nossas ações e dos acontecimentos que permitimos se entrelaçarem com nossos desejos.

O que alguém pensa para nós, podemos crer e aceitar se quisermos. Podemos dizer “não me pertence” e se não nos pertence não agrega no torvelinho das nossas criações mentais.

Vivemos aquilo que pesamos para nós. Assim podemos projetar o futuro, pensando no que nos interessa viver. Só viveremos nossos sonhos se dermos continuidade no que queremos por meio da ação.

O que pensamos para nós virá se mantivermos esse desejo no pensamento, mas podemos mudar de idéia e entender que aquilo não nos serve mais, ou podemos experimentar e nos desiludir por não gostarmos do resultado ou do sabor que esse novo nos trouxe.

Quando insistimos em manter em nossas vidas algo que nos desagrada, corremos o risco de entristecer e termos que aceitar o que isso possa nos acarretar.

Mesmo quando a experiência é bem sucedida e prazerosa, podemos entender que ela cumpriu com seu objetivo e passarmos para outra experiência. Deixá-la na lembrança como algo bom que nos aconteceu, como um filme bom que assistimos, mas que teve seu final feliz e encerrou.

A vida é um constante vir a ser, alimentado por nossos pensamentos, e experimentado na carne no cotidiano.

O cotidiano é o nosso presente – um presente de Deus? – é a comida que temos na boca e que nos alimenta, ao mesmo tempo em que libera seu sabor, e nos enche de alegria, contentamento, satisfação. É a água que sacia nossa sede e nos refresca.

O cotidiano é a aula teórica e prática ao mesmo tempo, pois nos coloca na iminência de outro dia onde viveremos as conseqüências do aprendizado de hoje.

A vida se escreve no rascunho, não dá para passar a limpo!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Os Sinais - 2



Depois de um longo tempo de baixa atividade, a estrela com poder de vida e morte sobre a Terra entrou numa fase de explosões violentas cujo significado e impacto sobre o sistema solar ainda desafiam os cientistas. 

Onze naves espaciais que orbitam o sol têm registrado um aumento significativo nas explosões solares.
As erupções solares criam línguas de fogo que podem chegar a 700.000 km de extensão, elas produzem os ventos solares que são jatos de plasma (elétrons e nêutrons) aquecidos à temperatura de 8.000 graus e acelerados a até 750 km/s. 


Os ventos solares têm interagido com o campo magnético da Terra, criando ruídos nas telecomunicações. O aumento na intensidade desses ventos pode destruir satélites que orbitam a Terra, gerando dificuldades nas telecomunicações.
O sol está entrando num de seus ciclos de alta atividade que duram onze anos. Cientistas concluem que o ápice do atual ciclo ocorreu em 2013. 


Nos últimos anos temos observado o aumento na atividade sísmica com alta incidência de terremotos que ultrapassam a casa dos 7 graus na escala Richter.
Cientistas russos detectaram que quando ocorre alta atividade nas ondas provindas do centro da galáxia (ponta da flecha de sagitário) imediatamente ocorrem aumentos nos abalos sísmicos na Terra, assim estão podendo prever os acontecimentos com até 48 horas de antecedência. 


Os maias já falavam nesse sinal que é emitido no centro da galáxia e diziam que ao final do ciclo que o sistema solar faz em torno de Alcione um sinal provindo do centro da galáxia assinalaria uma transformação significativa na Terra.
Zecharia Sitchin, em seus livros, nos trouxe muitas informações a respeito de um décimo segundo planeta que tem sua órbita perpendicular à eclíptica da Terra. 


Em 1983 cientistas da NASA descobriram um astro que se aproxima da Terra e tem massa 1300 vezes maior do que a da Terra. Provavelmente é o mesmo citado por Zecharia e que os sumérios chamavam de Nibiru (aquele que cruza).
Os observatórios de diversos países verificaram em 2011 que Saturno está inclinado cerca de 90 graus em relação à sua posição habitual, o que pode ser motivado pela ação magnética desse astro. 


É possível que a influência magnética desse astro seja a causa da alteração significativa do eixo magnético da Terra que segue veloz em direção da Sibéria.
Pesquisadores marcam para setembro de 2012 o período em que a influência desse astro começaria a ser percebida pelos homens. 


Tradições esotéricas aguardam a passagem desse astro como um marco revolucionário para a humanidade.
É aguardar para ver!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os Sinais - 1

Estamos vivendo um período de alterações climáticas que estão gerando certo nível de preocupação e especulação a respeito do que possam essas alterações representar.

O materialismo nos levou a prestar atenção nos acontecimentos do cotidiano e deixamos de prestar atenção nos sinais que nos são enviados pelo universo e pelos espíritos.

Com o materialismo veio o avanço da ciência e passamos a dar mais crédito ao que nos diz a ciência, ou seja, àquilo que é comprovado cientificamente ou materialmente.

Mas a ciência avançou tanto que hoje ela comprova o que os espíritos vêm falando há tanto tempo e o que os povos antigos também falavam do que viam nas estrelas e do que aprendiam com os deuses que vinham das estrelas.

Depois do dilúvio, a Terra se modificou e perdemos os registros do que havia antes, mas recentemente começaram a ser decifrados os registros mais antigos da Terra - as tábuas dos Sumérios - então começamos compreender um pouco mais sobre a verdadeira história da humanidade.

Os sumérios e os maias falavam que a Terra passa por ciclos regidos por sua viagem pelo cosmo. E falavam porque mantinham registros dos movimentos das estrelas.

Os maias diziam que o sistema solar gira em torno de outra estrela numa órbita que dura 26.000 anos e foi esta a conclusão dos astrônomos Freidrich Wilhelm Bessel e Edmund Halley, depois de estudos e cálculos minuciosos. Nosso Sol, segundo a pesquisa, é a oitava estrela da constelação localizada a aproximadamente 28 graus de Touro, levando 26.000 anos para completar uma órbita ao redor de Alcione. A divisão desta órbita por 12 resulta em 2.160 anos que é o tempo de duração de cada era.

O calendário maia registra que estamos numa transição de eras, que estamos fechando um ciclo e iniciando outro e a Terra, em razão de sua posição nessa trajetória, está sujeita a passar por novas transformações geomorfológicas.

Observações da NASA recentemente divulgadas, inclusive na revista Veja, mostram que os pólos magnéticos da Terra estão se deslocando para muito longe dos tradicionais deslocamentos registrados pela ciência moderna.

A posição dos pólos magnéticos vem sendo registrada desde 1831 quando o pólo norte se localizava próximo do Canadá. Os registros recentes mostram o pólo norte magnético se deslocando a uma velocidade média de 60km por ano em direção à Rússia.

Cientistas alertam que estamos na iminência de uma inversão dos pólos e que isso já aconteceu antes na Terra. Registros geológicos comprovam que a Terra já teve seus pólos em posições contrárias antes.

Logo, parece que estamos mesmo entrando num período diferenciado no planeta e que as alterações do clima são decorrentes mais em função dos movimentos do planeta do que pela atitude humana em relação ao meio ambiente.

Talvez não seja por acaso que estamos na casa dos 7 bilhões de habitantes e que estejamos agindo de maneira tão desarvorada em relação à natureza. É provável que a nossa própria natureza esteja em transformação.

Como espírita vejo que estamos com um contingente imenso de seres humanos tendo suas últimas oportunidades de continuar aqui no planeta.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sempre dê o melhor de si

Sob qualquer circunstância, sempre faça o melhor possível, nem mais, nem menos. Porém, tenha em mente que o seu “melhor” nunca será o mesmo de um instante para outro. Tudo está vivo e mudando o tempo todo; portanto, fazer o melhor algumas vezes pode produzir alta qualidade e outras vezes não vai ser tão bom.

Quando você acorda bem, energizado, descansado, o seu “melhor” tem mais qualidade do que quando você está cansado.

Seu “melhor” possui mais qualidade quando você está saudável e sóbrio em contraposição a quando está doente ou embriagado. Vai depender de você estar se sentindo maravilhosamente feliz ou aborrecido, zangado ou ciumento.

Independente da qualidade, continue dando o melhor de si, nem mais, nem menos.

Esforçando-se demais para fazer melhor, você vai despender mais energia do que é necessário e ao final o seu “melhor” não será o suficiente. Quando você exagera, esgota seu corpo e vai contra si mesmo, precisando de mais tempo para alcançar seu objetivo. Se fizer menos do que o seu “melhor”, vai sujeitar-se a frustrações, autojulgamento, culpas e arrependimento.

Dando o melhor de si, você vai viver intensamente sua vida. Será produtivo, será bom para você mesmo, porque irá se doar à sua família, à sua comunidade, a todos. Mas é a ação que irá fazê-lo sentir a mais intensa felicidade. Poderá até ganhar mais do que imaginou para si mesmo sem esperar recompensas, estará se divertindo sem sentir tédio e sem acumular frustrações.

Na verdade, fazer o melhor não parece trabalho, porque você gosta do que faz e não porque precisa agradar a alguém.

Fazer o melhor é assumir a ação, porque você ama isso, não porque espera uma recompensa. A maior parte das pessoas faz exatamente o oposto: só age quando espera uma recompensa e não aprecia a ação. É esse o motivo pelo qual não fazem o melhor.

Quando fazemos o que gostamos vivemos plenamente e nos tornamos mestres de nosso ofício.

Se você der o melhor de si na procura de liberdade pessoal, na procura do amor próprio, vai descobrir que é apenas uma questão de tempo até conseguir o que deseja.


Texto baseado nas palavras de
Dom Miguel Ruiz em “Os quatro Compromissos”

Não Tire Conclusões

Nós temos a tendência para tirar conclusões de tudo. O problema é que acreditamos que nossas conclusões espelham a verdade.

Tirando conclusões sobre os que os outros fazem e dizem os culpamos e reagimos enviando veneno emocional com nossas palavras. Por isso estamos sempre pedindo desculpas.

Tiramos conclusões, entendemos errado, levamos isso para o lado pessoal e acabamos criando um grande drama do nada.

Os dramas pelos quais passamos em nossas vidas foram causados por nossas conclusões. Pare um instante para analisar essa afirmativa. Toda a teia de controle entre os seres humanos é sobre tirar conclusões e levar as coisas para o lado pessoal. Nosso inferno é baseado nisso.

Criamos muito veneno emocional tirando conclusões e ainda fofocamos sobre nossas conclusões. Fofocar é a maneira que temos de transferir o veneno emocional que criamos. Como não costumamos pedir esclarecimentos, tiramos conclusões e acreditamos estar certos sobre nossas conclusões, depois defendemos nossas conclusões e tentamos tornar a outra pessoa errada.

Sempre é melhor fazer perguntas do que tirar conclusões, porque as conclusões nos predispõem ao sofrimento.

Apenas enxergamos e escutamos o que queremos. Sonhamos sem base na realidade.

Em qualquer tipo de relacionamento podemos presumir que os outros sabem o que pensamos e que não precisamos dizer qual nosso desejo. Quando os outros não fazem o que queremos porque não sabem que queremos, nos sentimos magoados e pensamos: “Como é possível você fazer isso comigo? Deveria saber”.

Os dramas são criados porque tiramos conclusões e em seguida tiramos novas conclusões sobre as primeiras.

Todos os problemas humanos poderiam ser resolvidos se tivéssemos uma comunicação boa e clara.

Pense sobre isso!


Texto baseado nas palavras de
Dom Miguel Ruiz em “Os quatro Compromissos”

Não Levar Nada Para o Lado Pessoal

 Quando alguém tece alguma consideração a nosso respeito, pode estar falando a verdade ou não. Se não e levamos para o lado pessoal é porque concordamos com o que foi dito.

Assim que concordamos, o veneno nos perpassa e ficamos presos no sonho do inferno.

O que causa a captura é o que podemos chamar de importância pessoal. É a expressão máxima do egoísmo, porque cometemos a presunção de acreditar que o que os outros falam é sobre nós. Achamos que somos responsáveis por tudo. Eu, eu e sempre eu.

Acontece que tudo o que os outros fazem, não é por nossa causa, mas por causa deles mesmos. Cada pessoa vive em seu próprio mundo, vivendo seus próprios sonhos, em suas próprias mentes que são mundos completamente diferentes dos nossos.

Quando levamos algo para o lado pessoal, presumimos que os outros sabem o que se passa em nosso mundo particular e tentamos impor nosso mundo ao deles.

Mesmo quando uma situação parece pessoal, mesmo que alguém nos insulte diretamente, não tem nada a ver conosco. O que os outros dizem tem compromisso com a mente deles. O ponto de vista deles provém da programação que receberam durante sua infância, ou domesticação.

O que os outros dizem a nosso respeito é uma forma deles lidarem com seus próprios sentimentos, crenças e opiniões. A pessoa ao emitir uma opinião sobre nós está na verdade tentando nos envenenar. Se levarmos sua opinião para o lado pessoal, acataremos o veneno e ele passa a ser nosso.

Levar as coisas para o lado pessoal nos torna presas fáceis para os predadores, os feiticeiros de palavras. Eles conseguem captar nossa atenção com uma pequena opinião e injetam todo o veneno que desejam, se levamos para o lado pessoal, aceitamos tudo.

Se não levamos para o lado pessoal, estaremos imunes mesmo no meio do inferno. Imunidade ao veneno no meio do inferno é a dádiva desse compromisso.

Quando levamos as coisas para o lado pessoal, sentimo-nos ofendidos e a reação é defender nossas crenças e criar conflitos. Fazemos tempestades em copo d’água porque temos a necessidade de estarmos certos e tornar os outros errados.

O que vale para os outros vale também para nós que precisamos ser absolutamente honestos conosco mesmos para não emitir opinião a respeito dos outros.




Texto baseado nas palavras de
Dom Miguel Ruiz em “Os quatro Compromissos”


domingo, 10 de junho de 2012

A Impecabilidade da Palavra

No livro Genesis da Bíblia temos que: “No início havia o verbo, e o verbo era com Deus, e o verbo era Deus”.

Porque fomos criados a imagem e semelhança de Deus, sendo, segundo Jesus de Nazaré, filhos de Deus, recebemos, como herança, a tarefa de co-criar o universo e assim temos, na palavra, a nossa principal ferramenta de trabalho.

Por meio da palavra, manifestamos nosso poder criativo, independente do idioma que falarmos, pois o componente principal está na intenção com a qual nos manifestamos.

O que sonhamos e o que sentimos, manifestamos mediante nossas palavras.

A palavra é a mais poderosa ferramenta que o homem possui, é a ferramenta da magia, que podemos usar tanto para o bem quanto para o mal e a isso chamamos de magia branca e negra.

Torna-se necessário, pois, atentar para qual uso fazemos de nossas palavras, uma vez que o bom uso pode criar coisas boas e o mau uso pode destruir e escravizar.

Uma só palavra pode mudar o destino de uma pessoa ou de uma nação.

Todo ser humano é um mágico e pode colocar alguém sob encantamento com sua palavra ou libertá-la.

A mente humana é como um terreno fértil onde sementes são plantadas continuamente. Essas sementes são as opiniões, idéias e conceitos que emitimos ou ouvimos.

Durante nossa infância somos bombardeados por conceitos e opiniões de nossos pais e outros adultos a respeito de tudo e também a nosso respeito, e nós acreditamos e registramos tudo em nossa mente. Assim nossa personalidade é formada. Com esses conceitos e idéias passamos a fazer nossas trocas com o mundo, nos manifestando e nos posicionando.

Ao captar nossa atenção, a palavra pode entrar em nossa mente e alterar um conceito já estabelecido para melhor ou pior. Daí a necessidade da impecabilidade da palavra.

Impecabilidade quer dizer “sem pecado”. Pecado é algo que fazemos e que vai contra nós mesmos. Somos contra nós mesmos quando nos julgamos ou nos culpamos por algo que fizemos ou falamos.

Somos impecáveis (sem pecado) quando assumimos a responsabilidade por nossos atos sem nos julgarmos nem nos atribuírmos culpa.

O pecado começa por nos auto-rejeitarmos e assim vivermos sob a tortura da culpa.

Ser impecável com a palavra começa por não usá-la contra nós mesmos.

Se amarmos a nós mesmos, iremos expressar esse amor em nossas relações, usando nossa energia na direção da verdade e do amor por todos.

Se assumirmos um compromisso, conosco mesmo, de sermos impecáveis com nossas palavras, estaremos sempre manifestando a verdade e erradicando todo veneno emocional que possa ter se alojado em nosso interior.


Texto baseado nas palavras de
Dom Miguel Ruiz em “Os quatro Compromissos”

quarta-feira, 28 de março de 2012

O Corpo Físico

Nossa experiência de provas e expiações pede um corpo compatível com o planeta que habitamos, um corpo formado por mais de vinte elementos químicos, destacando entre eles: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, magnésio, ferro e ainda outros elementos que, apesar de importantes, aparecem em quantidades bastante reduzidas como é caso do manganês, cobalto, iodo, flúor, cobre, alumínio, níquel, bromo, zinco e silício, ou seja, os mesmos elementos que formam nosso planeta.

É o planeta, por meio de outros seres, vegetais e animais, que fornece esses elementos químicos para a formação e nutrição de nossos corpos, por isso o chamamos de Mãe Terra.

O corpo humano é fisiologicamente complexo, pois precisa dar suporte e respostas ao igualmente complexo sistema emocional, do qual nos valemos na busca de aprimoramento espiritual.

Sim, crescemos enquanto seres espirituais com as experiências vividas na dimensão terrena.

A vida na Terra nos permite experimentar as emoções advindas do convívio em grupos familiares e de outras naturezas. Para formar esses grupos humanos criamos corpos físicos.

Quando estamos diante de alguém, dificilmente conseguimos separar o ser espiritual do seu corpo físico. Olhamos e vemos um corpo que se move, que se comunica e que exuda vida. Nunca nos damos conta de que aquilo a que chamamos vida é a presença e manifestação do ser espiritual.

Quando nos defrontamos com um cadáver, sabemos que estamos diante do corpo de alguém, conseguimos com facilidade perceber a ausência de um ser que animava aquele corpo.

Sendo o corpo peça vital para podermos realizar uma experiência na Terra, precisamos atentar para os cuidados que precisamos ter com ele.

O corpo indica quando algo não vai bem na experiência de um ser humano. O desajuste emocional leva a um desarranjo energético que reflete no perfeito funcionamento do corpo físico. A esse reflexo no corpo chamamos de doença, mas na verdade só percebemos os sintomas de uma doença. A verdadeira doença é energética e é o resultado de um desajuste emocional.

Tratamos os sintomas pensando que estamos tratando a doença. Findos os sintomas pensamos que estamos curados, mas a verdadeira cura só ocorre quando identificamos sua causa, que invariavelmente está na má resolução das emoções vividas em grupo.

Portanto, sempre que sentirmos algo de estranho em nossos corpos físicos deveremos, sempre, empreender uma busca para identificarmos a origem de nossas dores.

É preciso encarar essa empreitada com absoluta honestidade para não mascararmos os resultados, afinal estamos lidando com nossas próprias vidas.



Uma boa pista para sanearmos nossos desajustes emocionais está na palavra "perdão".

segunda-feira, 5 de março de 2012

Jesus é o Reflexo


Passado o carnaval, os cristãos começam a se preparar para a páscoa. Mais uma data comemorativa advinda das civilizações antigas.
Os romanos celebravam uma festa religiosa em que o protagonista era um ser meio homem, meio deus, que nasceu de mãe virgem e ressuscitava a cada ano. Presentear ovos fazia parte da cerimônia. Não estamos falando da Páscoa, mas de uma das festas que a originou: a homenagem à deusa Cibele e ao pastor Attis, o personagem que ressuscita.
Entre os egípcios, a comemoração era para Osíris – que também ressuscitava. Até mesmo o Pessach, a páscoa judaica que deu origem à cristã, surgiu dos rituais da primavera dos pastores e agricultores hebreus, com seus pães sem fermento e sacrifício de animais.
Os povos germânicos celebravam a entrada da primavera com uma festa dedicada a deusa Eostre. Ainda hoje a Páscoa é chamada Ostern em alemão e Easter em inglês.
Para celebrar a ressurreição de Jesus na páscoa, três dias antes, os cristãos recordam sua morte na cruz e todo ano - nos países de predominância católica - desfilam procissões com ele carregando sua cruz.
Além disso, em todas as igrejas, lá está Jesus pregado numa cruz o ano inteiro e muitas pessoas até carregam esse símbolo pendurado no pescoço por toda a vida.
O próprio Jesus disse: “Deixai que os mortos cuidem dos mortos”; e com isso nos ensinou a deixar que os seres humanos sigam suas vidas após o desencarne sem a interferência dos que continuam sua experiência carnal.
É lícito recordar com alegria de nossos parentes e amigos que já nos deixaram, mas é falta de caridade lembrá-los em sofrimento ou de suas decisões e comportamentos que lhes trouxeram sofrimento enquanto estavam conosco neste plano existencial.
Deixar que os seres sigam suas estradas em busca de mais aprimoramento é justo e caridoso.
Forçá-lo a reviver seus momentos tristes fazendo perpetuar as marcas daquele personagem que ele viveu é crueldade.
Assim entendo que aquele ser que teve uma experiência carnal com nome de Jesus e que magnificamente nos deixou um legado de amor incondicional, nos ensinando o caminho para crescermos enquanto seres humanos, nos reconhecendo como irmãos numa filiação divina, possa seguir seu caminho livre dessas lembranças cruéis.
Vamos comemorar a Páscoa? Sim, o renascimento dele para uma nova e melhor vida. Assim como queremos que aconteça com todos os nossos entes queridos e a nós mesmos, então que seja a Páscoa uma celebração ao nosso perpétuo renascer.
Lembrar de Jesus pregado na cruz é tentar perpetuar uma lembrança que com toda certeza ele não deseja para si.
Nascemos com a dádiva do esquecimento de vidas passadas, porque insistimos em relembrar os momentos tristes de outrem, quer sejam vividos em encarnação contemporânea a nossa atual ou em anteriores?
Isso não é maldade?
Pense no assunto!
Jesus é o reflexo externo do cristo que temos dentro de nós.
São exemplos como o dele que nos motivam a crescer e a nos transformarmos em pessoas melhores.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Santo Sudário

O "Santo Sudário" é uma peça material que prova uma experiência que o mestre Jesus realizou na Terra.
Estudiosos procuram evidências para provar que a peça é original.
Procuram evidências para comprovar sua autenticidade sem perceber o seu significado para os homens do século vinte e um.
As marcas deixadas no linho provam que seu corpo desapareceu do mundo físico num processo atômico muito simples e de domínio de todo o mundo científico. Seu corpo não desapareceu, apenas mudou de nível vibratório, num processo alquímico.
O calor gerado no processo deixou marcas no tecido que o envolvia. Não foi o único caso realizado neste planeta, porém é o único que deixou provas.
Seu aparecimento posterior para seus discípulos se deu na forma bastante conhecida de todos, através da clarividência de alguns que puderam constatar que, embora morto o personagem Jesus, o Ser Crístico continuava vivo e era eterno.
A ressurreição do nazareno fez parte das lições que ele procurou passar para os homens da nova era que se instaurou com a sua chegada ao mundo físico: o corpo físico é um tesouro, e pode ser transmutado.
Assim como aquele ser magnífico, somos todos seres eternos, filhos do mesmo pai.
Outros seres trouxeram ao plano da matéria, em outros momentos, para outros povos, a mesma mensagem do amor fraternal e incondicional.
Cada povo tem sua história, seu passado, suas lendas.
Lendas têm amparo em fatos acontecidos em tempos remotos e ganharam formas parabólicas para manterem vivos os ensinamentos.
A transmissão oral foi durante muito tempo a forma mais usada para se manter um conhecimento.
Com a evolução do conhecimento humano sobre o uso de recursos materiais para gravar suas mensagens para o futuro, a forma primária da transmissão oral se perdeu dando lugar a formas cada vez mais frágeis como é o caso da gravação magnética em peças produzidas industrialmente.
As formas que demonstraram maior eficiência no decorrer dos milênios foi a forma simples das inscrições rupestres e as formas megalíticas.
Há outras formas de transmissão de informações, pouco conhecidas da humanidade, que serão descobertas e uma importante é o conhecimento gravado no próprio corpo físico do homem. Codificada nos cromossomos, essa gravação química vem se perpetuando por éons.
É o corpo do homem a mais completa enciclopédia que existe.
Tesouro desejado por raças que o perderam, o corpo grava informações magnéticas também. Informações sobre o ser que o possui, bem como dos que o rodeiam.
As influências mentais, são transmissões magnéticas que o corpo capta inadvertidamente quando não há controle; controle esse que poderemos entender como uma espécie de anti-vírus que deveríamos manter atualizado.
Orai e vigiai - uma das máximas do cristianismo - vem exatamente advertir ao homem para o cuidado com as influências negativas, uma vez que as positivas são desejadas.
Transmissões de idéias de comportamento, de noção de tempo e espaço, de vontade de todas as ordens, estão a todo momento sendo canalizadas para o corpo e mente do homem.
Ter noção de sua própria vontade é fundamental para não se deixar enganar por interesses escusos.
O corpo tem informações, o mar tem informações, as pedras têm informações, as matas têm informações, as estrelas e a terra têm informações.
Estar em contato com esses seres pode ser proveitoso para o homem. Nossos ancestrais sabiam como fazê-lo. Esse conhecimento está voltando à tona. Fiquemos atentos. Não é difícil, exige apenas concentração; estar presente em pensamentos e atitudes.
Muito do que o homem procura através de experiências científicas está disponível na natureza. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Amor Sem CEP

Muito se tem falado em amor incondicional, mas exatamente o que é amar incondicionalmente, se temos sempre alguém no outro lado do fio. O fato de haver alguém sendo amado já tem uma condição. 
Quando amamos, sempre amamos um certo alguém, ou algumas pessoas, como sói acontecer com grupos familiares.
Pai ama filhos, mãe diz que ama-os ainda mais, pois tem a gestação, amamentação e cuidados mil.
Então além de possuir objeto, ainda ouço que há gradações nesse amor.
Há poucos dias fui sobressaltado pela idéia de um amor sem CEP.
Talvez tenha sido uma idéia, talvez tenha sido um sentimento.
Que seria aquilo que me veio ao pensamento e ao mesmo tempo ao coração?
Um vislumbre do verdadeiro amor?
Uma sensação de que o amor não tem endereços foi para mim muito mais forte do que uma definição de amor incondicional.
Nessa falta de CEP realmente não há objetos específicos, ou seja todos os objetos são de mesma valia e não importa quantos sejam nem onde estejam.
Voltei um passo atrás e conferi meus sentimentos: tenho esposa, filhos, netos, parentes, amigos, colegas, conhecidos. Fiz essa gradação e chequei meus sentimentos.
Deixei todos em minha tela mental e tirei os rótulos. Quem era minha mulher, quem eram meus filhos?
Lembrei de Jesus perguntando:
 – Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos.
Conclui que ele já tinha retirado os rótulos e não diferenciava mais quem era quem, por isso sua pergunta que intrigou e ainda intriga tantos.
Voltei para meu pequeno mundo de idéias, pensamentos e sensações, e vi na tela todos tão iguais frente a meus sentimentos, que senti uma alegria indescritível, pois percebi que havia tangenciado a sensação do amor como antes nunca havia percebido, mas registrei para na esquecer, tal qual a sensação de ser um com tudo experimentado certa feita enquanto meditava. Sensação que aflora num átimo de segundo, mas que não se esquece jamais.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Tarde de Sol


Hoje olhei com atenção e óculos para minhas mãos e vi veias saltadas e lesões provocadas pelo sol. Algumas já escurecidas outras ainda avermelhadas. Eu vi os sinais do sol e do tempo marcando o meu corpo.
Olhei para o imenso mar verde se encontrando com um céu de brigadeiro, muito azul, e fiquei  a pensar no tempo em que estou neste plano existencial.
Num retrospecto rápido vi muitas coisas, graças a Deus, todas boas acontecendo num tempo que não parei para precisar. Não importa se foram quarenta ou sessenta anos, importa que aconteceram coisas boas e muito importantes para mim e para aqueles que passaram e passam pela minha vida, construindo tantos relacionamentos amorosos e outros nem tanto, mas não lembro de ter construído relacionamentos à base do ódio e isso me deixa o coração tranqüilo.
Mas ali à minha volta centenas de pessoas apenas sorriam e falavam amenidades em suas cadeiras de praia sob guarda-sóis coloridos.
Um grupo de jovens desceu de um ônibus de turismo e tive, obrigatoriamente, que rever  meu tempo de colégio com nossas investidas em grupo à Praia da Joaquina, atravessando as dunas, pois o ônibus ia somente até a Lagoa da Conceição.
Confrontei, obviamente, o comportamento dos jovens da década de sessenta com aqueles  passando à minha frente,  enfileirados à procura de um lugar para se acomodarem ao sol na areia, não vi muita diferença. Jovens são sempre muito parecidos, irrequietos, alegres, bonitos. Mudam as roupas, mas ali na praia, não havia muita roupa, logo não eram muito diferentes dos jovens de gerações anteriores.
Não quis voltar no tempo, não quis, mentalmente, refazer nada, aceitei minha caminhada como ela foi, mas imaginei o quanto de esperança desfilava ali na minha frente. Quantos caminhos diferentes, quantos finais felizes e quantas desilusões caminhavam de pés descalços à beira mar
Olhei para o lado e vi minha mulher sentada ao sol. Outra estória já bastante desenvolvida em momento de pausa para os comerciais.
Sim, estar na praia, num domingo ensolarado, é um dia de pausa em qualquer  seriado vivo em andamento na mente de qualquer um.
Amanhã, dia de trabalho, começa o próximo capítulo, ou recomeça o mesmo para aqueles que nada mais aspiram em suas vidas e que fazem do tempo cronológico apenas um círculo vicioso de pensamentos e atitudes repetidas.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ondas e Pensamentos

Seus pensamentos são seus mesmo, ou você os adquire em algum supermercado mental?
Quando não nos damos conta se somos originais em nossos pensamentos, podemos estar utilizando pensamentos elaborados por alguém para um fim específico que não confere com nossas necessidades.
Toda pessoa que aprende a elaborar seus pensamentos de acordo com suas reais necessidades tende ao sucesso em suas empreitadas. São pessoas que levam suas vidas de forma diferenciada da maioria das pessoas.
O sucesso geralmente é conseqüência da originalidade da idéia. Digo sucesso não apenas diante do mundo, mas principalmente diante do projeto existencial traçado para cada ser.
Quando copiamos as idéias dos outros, somos apenas seguidores de idéias dos outros, entramos em ondas orquestradas, quando atendemos nossas necessidades e pensamos em resolvê-las do nosso modo, ou seja de um modo original que atenda especificamente nossas reais necessidades, tendemos a construir algo realmente novo.
Se formos artistas, profissionais liberais, artesãos, ou seja, se nosso trabalho é elaborado para levar algum benefício a alguém, quanto mais originais formos, mais teremos sucesso em nosso trabalho.
Não necessitamos ser diferentes dos outros no sentido de nos separarmos em castas ou grupos elitistas, mas no sentido de sair ma mesmice de soluções já esgotadas pela humanidade.
E como saber se usamos as nossas idéias ou as idéias dos outros?
Confira suas reais necessidades, não as que a sociedade ou a mídia sugerem, mas a suas necessidades íntimas. Como você as resolve? Observando como os outros resolvem seus problemas, ou buscando dentro de si mesmo a solução?

domingo, 22 de janeiro de 2012

Buracos Negros

Na caminhada que efetuamos sobre a Terra, sempre levamos conosco o resultado de nossos pensamentos, quer sejam bons ou ruins.

A vigilância permanente sobre o que damos vazão em nossa mente dita o padrão existencial de cada um.

Hoje, mais que nunca, estamos sendo bombardeados por informações por todos os lados e em diversos níveis. Nunca foi preciso vigiar tanto.

Cada pensamento, cada ato, deve ser observado para que não entreguemos aos nossos inimigos as armas para lutarem contra nós.

Cada ser humano tem em sua mente uma visão própria do seu mundo, formada por seus pensamentos e desejos.

Por trás de cada desejo há o forte componente mental ligado ao ego.

Movidos pela vaidade e pelo orgulho, cada ser humano forma uma idéia de mundo ideal; o mundo onde cada um é o centro.

Esperamos, todos, que o mundo renda-se em homenagens à nossa falsa idéia de poder e felicidade.

O mundo gira à nossa volta e para fornecer tudo aquilo de que necessitamos para nos sentirmos seguros e alegres.

Considerando que somos bilhões de seres com o mesmo tipo de pensamento, estamos convivendo com bilhões de buracos negros, lugares para onde converge a energia do entorno.

Estamos a sugar de nosso entorno a atenção e com a atenção a energia existente.

Crescemos e evoluímos quando compreendemos esse erro vital. A energia do mundo não está à nossa disposição exclusivamente. A energia do mundo está à disposição de todos e provém de todos, portanto é necessário que coloquemos nosso pensamento, também, à serviços da humanidade, para podermos equilibrar essa balança e o sadio fluxo energético universal.

Estamos acostumados a ouvir que tudo provém de Deus, mas quem é esse Deus que a tudo provê? Onde ele se encontra?

Posso pensar que, como criação desse Deus, também somos co-criadores do universo e como tal, também emissores, ou retransmissores da energia que a tudo constrói e alimenta

Essa energia está em nós e precisamos, com urgência, aprender como canalizá-la para poder cumprir nosso papel no contexto universal com sabedoria, ou seja, em comunhão com Deus.

A essa comunhão com Deus chamamos de saúde. Estado d’alma onde a energia flui com serenidade entre cada um de nós e o mundo à nossa volta.

À desarmonia nessa condução energética chamamos de doença. Um estado onde o fluxo de energia foi interrompido por alguma razão.

Identificar essa questão é encontrar o diagnóstico certo que conduzirá ao retorno da harmonia.

O que nos dificulta encontrar as respostas para nossa angústia?

O ego.

Mas, porque será que sempre esbarramos com esse indivíduo em nosso caminho?

O ego é a fonte primordial de nossos problemas.

Como já falamos anteriormente, o ego é o responsável por termos que lidar com a vaidade e o orgulho, duas molas propulsoras de quase todo o desconforto presente na humanidade.

Sejamos honestos conosco mesmos sempre que quisermos fazer uma anamnese verdadeira que nos leve a compreender os sintomas que nos desagradam.

Mergulhemos para dentro de nós mesmos e encontraremos esse histórico e as respostas adequadas aos nossos anseios de paz e amor em nossos corações.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Destralhe-se

"- Bom dia, como tá a alegria"? Diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar. 
- Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou. 
Na matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver; oito ajudam a nos manter vivos; 12 fazem a vida prosperar". Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada". 
Já ouviu falar em toxinas da casa? Pois são: 
- objetos que você não usa, roupas que você não gosta ou não usa a um ano, coisas feias, coisas quebradas, lascadas ou rachadas, velhas cartas, bilhetes, plantas mortas ou doentes, recibos/jornais/revistas, antigos, remédios vencidos, meias velhas, furadas, sapatos estragados... Ufa, que peso! 
"O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona Francisca. 
- "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa"!, ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa... 
O 'destralhamento' é a forma mais rápidas de transformar a vida e ajuda as outras eventuais terapias. 
Com o destralhamento: a saúde melhora; a criatividade cresce; os relacionamentos se aprimoram... 
É comum se sentir: cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois "existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos". 
Outros possíveis efeitos do "acúmulo e da bagunça": 
- sentir-se desorganizado; fracassado; limitado; aumento de peso;  apegado ao passado... 
No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga; na entrada, restringem o fluxo da vida; 
empilhadas no chão, nos puxam para baixo; acima de nós, são dores de cabeça; 
“Sob a cama, poluem o sono”. 
-"Oito horas, para trabalhar; 
Oito horas, para descansar; 
Oito horas, para se cuidar." 
Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se: 
- Por que estou guardando isso? 
- Será que tem a ver comigo hoje ? 
- O que vou sentir ao liberar isto? 
...e vá fazendo pilhas separadas... 
- Para doar! Para jogar fora! Para destralhar mais: 
- livre-se de barulhos, das luzes fortes, das cores berrantes, dos odores químicos, dos revestimentos sintéticos... e também... 
- libere mágoas, pare de fumar, diminua o uso da carne, termine projetos inacabados. 
"Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará.. 
Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá", Arremata o mestre Jesus, no evangelho de Tomé. 
"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a sabedoria oriental. 
O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente. 
Dona Francisca me conta que: 
"as frutas nascem azedas e no pé, vão ficando docinhas com o tempo".. a gente deveria de ser assim, ela diz. 
-"Destralhar ajuda a adocicar." 
Se os sábios concordam, quem sou eu para discordar... 
"As pessoas realmente ligadas não precisam de ligação física. Quando se encontram, ou reencontram, mesmo depois de muitos anos, a amizade é tão forte quanto sempre. (Deng Ming-Dao)" 

Carlos Solano

sábado, 7 de janeiro de 2012

Dos que sofrem por amor


Amar e sofrer, uma dualidade que vem acompanhando a humanidade desde sua chegada a esta Terra.

Como compreender que amar não implica necessariamente em sofrimento, que amar é uma atitude que tem envolvimento com a paz.

Os homens sonham com amor e paz, mas para isso fazem guerras, pois seu amor é possessivo.

As pessoas dizem em português: eu tenho um amor, nunca dizem eu vivo uma amor.

Dizem: eu tenho namorado, e não, eu namoro uma pessoa.

É necessário desatrelar o amor do verbo ter, é necessário compreender o amor sem sentimento de posse.

Amar rima com doar, não rima com sofrer.

Amor é festa para o coração.