Desde muito cedo os homens começaram a deixar registros para a posteridade. Primeiro riscando nas paredes das cavernas; depois, no período neolítico, erguendo monumentos megalíticos para marcar espaços, como marcos astronômicos, e como totens como representação de uma religiosidade incipiente.
Mais tarde veio a representação da linguagem falada por meio de signos gráficos e mais recentemente, muito recentemente, uma gama enorme de mídias abrangendo esses meios o rádio, o cinema, a televisão, a imprensa, os satélites, os meios eletrônicos e telemáticos de comunicação.
Estamos nos valendo de meios artificiais para deixar para nossa posteridade a informação de quem somos.
A princípio, parece louvável que tenhamos desenvolvido tanto os meios para nos comunicarmos com o futuro, entretanto todas as mídias modernas se valem da existência da eletricidade, gerada a partir de fontes que podem desaparecer.
Se isso acontecer, a futura humanidade terá pouca informação sobre nossa experiência humana. Os registros fixados nas pedras permanecem ainda ativos, mas os registros magnéticos produzidos por nossa civilização, podem se perder por falta de equipamento para lê-los num futuro incerto.
Os registros gravados em papel, ou outro material mais resistente, poderão sobreviver ao tempo e as intempéries.
A oralidade é um recurso que tem mais possibilidades de fazermos chegar aos nossos descendentes, o que estamos construindo como civilização agora.
É, portanto, a transmissão oral - tanto usada no passado - a forma mais segura de fazermos chegar aos nossos descendentes a história da humanidade. Portanto conversemos mais com nossos filhos, com nossos amigos e com todos aqueles que querem nos ouvir, como faziam nossos ancestrais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário