quinta-feira, 29 de julho de 2021

Estradas

 


Trafegando pela BR-101 no trecho Palhoça – Florianópolis, pude observar a grande quantidade de placas de advertência que foram acrescidas à rodovia, por conta das obras de ampliação de faixas de rolamento. Toda rodovia na minha cidade é muito bem sinalizada.

Aprendemos ainda jovens, a reconhecer cada placa, além de toda a legislação de trânsito para podermos tirar nossas cartas de motorista.

Vinha em meio ao excessivo volume de automóveis e caminhões, quando me dei conta de que trafegar numa estrada como aquela é uma alegoria de nossas vidas.

Iniciamos o trajeto com um destino almejado e vamos desde o início observando a sinalização, caso sejamos pessoas sensatas e bem orientadas.

Entretanto, o pensamento voa.... e mesmo a direção exigindo atenção, às vezes deixamos nos levar pela conversa interna e não nos damos conta que passamos da velocidade recomendada, não fizemos a conversão à direita necessária e aí temos que retornar para retomar o caminho correto.

Nesses dias em que estamos conectados digitalmente, há os que desviam a atenção para seus aparelhos eletrônicos.

Nesse curso que fazemos do nascer ao desencarnar, precisamos estar atentos à sinalização que naturalmente encontramos por conta de quem já passou e deixou dicas, ou por alguém que nos acompanha em outro nível vibratório e manda sinais para mantermo-nos no fluxo desejável.

Nem sempre percebemos esses sinais por andarmos com nosso pensamento e atenção focados nas possibilidades que a vida nos vai apresentando. São curiosidades, tentações e provocações que vamos aceitando por não conhecermos em profundidade a razão da viagem.

Inebriados com as novidades vamos esquecendo para onde íamos e acabamos em destinos inesperados, quando o infortúnio de um acidente não nos traumatiza o corpo e o veículo.

Susto, dor, remorso, desespero, quantos sentimentos difíceis temos que experimentar por conta de nossa desatenção.

Trafegar pela vida exige atenção, senso de responsabilidade por nós e pelos outros que, desatentos, podemos machucar.

A sinalização está lá, ali, ou aqui, está até dentro de nós e precisamos aprender a interpretá-la.

James Redfield em seu livro “O Segredo de Shambhala” nos fala dos sinais. Falo disso em minhas palestras e já escrevi sobre o assunto, pois foi uma leitura que me fez refletir sobre “os sinais” que a vida nos apresenta a todo o instante.

Os orientais nos ensinam a entrar em silêncio para conhecermos nosso mapa interno que é todo sinalizado e que pode nos levar ao destino com segurança e êxito.

Está ai, uma boa sugestão: silenciar a mente quando estivermos imersos em algum processo que exija atenção, e isso pode ser no convívio familiar, na lide que abraçamos para prover nossas necessidades físicas e desejos, nas relações amorosas e por que não na condução de um veículo automotor.

Boa viagem! 

Adilson Maestri

https://www.youtube.com/user/adilsonmaestri/videos

terça-feira, 27 de julho de 2021

Quanto de Jesus há em mim?


Ouvindo o Dr. Bezerra de Menezes falar por intermédio do médium Gilberto Rissato, pus-me a pensar na sua mensagem e na questão que ele propõe: quanto de Jesus há em mim?

Li no Evangelho de João a conversa de Jesus com Tomé quando este perguntou: Senhor, não sabemos para onde vais; como então podemos saber o caminho? Ao que ele respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. (João 14)

Daí parei para refletir: o quanto dos ensinamentos do Mestre eu já absorvi, o quanto estou traduzindo em minhas falas e atitudes?

Difícil fazer uma avaliação isenta, onde o ego não encontre justificativas para os deslizes e decisões precipitadas sem a devida consulta interna para saber se estaria navegando na onda da luz ou das sombras.

Temos o livre arbítrio para tomar nossas decisões, o que facilita o navegar pelas águas turvas das satisfações físicas.

A disciplina necessária para cultivarmos bons hábitos, pautados na Lei Divina, ou seja na amorosidade, não é tarefa para principiantes, néscios, muito menos para arrogantes tomados pelo ego e pela presunção de domínio da verdade.

O ascetismo que é a doutrina de pensamento ou de fé que considera a ascese, isto é, a disciplina e o autocontrole estritos do corpo e do espírito, é um caminho imprescindível em direção a Deus, à verdade e à vida feliz.

Mas para focarmos nesse aprendizado torna-se necessário vontade e determinação, que só podemos encontrar se deixarmos a voz interior, aquela que vem de nossa essência divina, o espírito, se manifestar.

Cultivar o hábito de nos perguntarmos, constantemente, sobre nossas questões básicas da sobrevivência e da realização, que demandam tomadas de decisões acertadas para vivermos bem conosco e com a humanidade que nos cerca, além da grande quantidade de ligações que todos temos com os vários planos existenciais, favorece em muito o acerto de nossas decisões.

E é nesse momento que vale muito a pena checar se essas decisões estão na conformidade dos ensinamentos do mestre, naqueles princípios basilares que Ele tão amorosamente nos ofertou por meio de seus ensinamentos diretos e suas parábolas.

Deixo essa pergunta, para que você, meu amigo leitor, se faça: O quanto há de Jesus em mim agora? Silencie e deixe que sua natureza mais pura responda. Mas não se assuste se ainda faltar muito. Estamos aqui na Terra, agora, justamente para fazermos esse aprendizado. Boa sorte!

Adilson Maestri

https://www.youtube.com/user/adilsonmaestri/videos