Trafegando pela BR-101 no trecho Palhoça – Florianópolis, pude observar
a grande quantidade de placas de advertência que foram acrescidas à rodovia,
por conta das obras de ampliação de faixas de rolamento. Toda rodovia na minha
cidade é muito bem sinalizada.
Aprendemos ainda jovens, a reconhecer cada placa, além de toda a
legislação de trânsito para podermos tirar nossas cartas de motorista.
Vinha em meio ao excessivo volume de automóveis e caminhões, quando me
dei conta de que trafegar numa estrada como aquela é uma alegoria de nossas
vidas.
Iniciamos o trajeto com um destino almejado e vamos desde o início
observando a sinalização, caso sejamos pessoas sensatas e bem orientadas.
Entretanto, o pensamento voa.... e mesmo a direção exigindo atenção, às
vezes deixamos nos levar pela conversa interna e não nos damos conta que
passamos da velocidade recomendada, não fizemos a conversão à direita
necessária e aí temos que retornar para retomar o caminho correto.
Nesses dias em que estamos conectados digitalmente, há os que desviam a
atenção para seus aparelhos eletrônicos.
Nesse curso que fazemos do nascer ao desencarnar, precisamos estar
atentos à sinalização que naturalmente encontramos por conta de quem já passou
e deixou dicas, ou por alguém que nos acompanha em outro nível vibratório e
manda sinais para mantermo-nos no fluxo desejável.
Nem sempre percebemos esses sinais por andarmos com nosso pensamento e
atenção focados nas possibilidades que a vida nos vai apresentando. São
curiosidades, tentações e provocações que vamos aceitando por não conhecermos
em profundidade a razão da viagem.
Inebriados com as novidades vamos esquecendo para onde íamos e acabamos
em destinos inesperados, quando o infortúnio de um acidente não nos traumatiza
o corpo e o veículo.
Susto, dor, remorso, desespero, quantos sentimentos difíceis temos que
experimentar por conta de nossa desatenção.
Trafegar pela vida exige atenção, senso de responsabilidade por nós e
pelos outros que, desatentos, podemos machucar.
A sinalização está lá, ali, ou aqui, está até dentro de nós e precisamos
aprender a interpretá-la.
James Redfield em seu livro “O Segredo de Shambhala” nos fala dos
sinais. Falo disso em minhas palestras e já escrevi sobre o assunto, pois foi
uma leitura que me fez refletir sobre “os sinais” que a vida nos apresenta a
todo o instante.
Os orientais nos ensinam a entrar em silêncio para conhecermos nosso
mapa interno que é todo sinalizado e que pode nos levar ao destino com
segurança e êxito.
Está ai, uma boa sugestão: silenciar a mente quando estivermos imersos
em algum processo que exija atenção, e isso pode ser no convívio familiar, na
lide que abraçamos para prover nossas necessidades físicas e desejos, nas
relações amorosas e por que não na condução de um veículo automotor.
Boa viagem!
Adilson Maestri
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