A
constante busca pela beleza exerce forte influência nos fatores que determinam
o bem-estar biopsicossocial dos indivíduos. Esta, porém, não é uma preocupação
recente. Há milhares de anos, nossa espécie busca representar-se através da
arte, em uma constante tentativa de encontrar a verdadeira beleza.
A
beleza está associada intimamente à presença de Deus.
A
partir da Antiguidade, essa busca começou a se tornar racional, tendo pela
primeira vez uma percepção consciente da beleza.
Com
a chegada da Idade Média e ascensão do cristianismo, a religião afetou
profundamente a forma de viver das sociedades ocidentais e certamente influenciou
positivamente no ideal de beleza.
O
objeto belo é um objeto que, em virtude de sua forma, deleita os sentidos e a
alma.
Não é possível ficar indiferente à beleza. Filósofos e cientistas sempre buscam uma
resposta para esse estranho motivo que atrai os olhares para as coisas e as
pessoas que são consideradas belas.
O
cérebro humano foi programado para ver ordem e beleza no mundo.
Pode
ser invisível, mas existem padrões no ar que fazer o indivíduo se elevar
espiritualmente.
Vendo
por meio da internet a barbárie dominante nas manifestações artísticas do
século XXI pus-me a pensar na história da arte. Começando pelo final da idade
média para o início da arte renascentista, passando pela arte moderna e então
terminando na arte contemporânea. Isso me levou a sentir raiva, misturado com
uma frustração, dando-me mais motivos para ficar atento ao que está acontecendo
com a humanidade.
Com
o renascimento, as artes em geral (arquitetura, música, pintura, escultura,
mobiliário, utensílios, vestuário) demonstravam a beleza e a realidade do mundo
criado por Deus. E esse era o objetivo da arte, a beleza.
Passamos
então por vários movimentos e estilos artísticos, cada um superando o outro em
termos de técnicas e perfeição. Passando pelo barroco, rococó, até chegarmos ao
romantismo no século XIX.
O
romantismo é um dos estilos mais belos já criados pelo homem. O nível de
detalhes, de sentimentos passados pelas obras é simplesmente fantástico. E esse
foi o auge da arte pictórica no mundo, por que desde então, aconteceu um verdadeiro
genocídio do bom gosto e da delicadeza.
A
arte moderna teve seu início com o expressionismo onde cada um teria que sentir
e observar à sua maneira. O sentimento passado seria interpretado por cada um
dos observadores. Algumas pinturas são muito bem pintadas, como é o caso de Van
Gogh, mas percebe-se que perdemos então a essência da realidade, abraçando uma
beleza relativa, já que o abstrato começou a ser utilizado mais do que nunca.
A
partir daí veio o início da desgraça e os artistas começaram a ser contra o
modelo e técnicas tradicionais. Afirmando que a arte do jeito que estava sendo
tratada era burguesa e elitista. Quem acredita numa coisa dessas não está em
seu juízo perfeito.
Então
começou a ter movimentos artísticos que tinham como objetivo deselitizar a
arte, onde não seria necessário ter o menor talento ou técnica, assassinando
assim toda a história e conquistas dos últimos 500 anos.
Os novos
estilos queriam eliminar e acabar com o tradicionalismo. Todos queriam ser inovadores
e terem uma mentalidade revolucionária.
Todos
esses novos estilos possuem algo em comum. Todos estão conectados de alguma
maneira ao ateísmo da ideologia materialista. Onde não há Deus não há beleza
nem perfeição.
Os
principais artistas do modernismo acabaram se filiando a partidos esquerdistas
de seus países, utilizando a arte, que é uma parte importantíssima da cultura
das sociedades, como propaganda da sua nefasta ideologia.
Assim
chegamos à arte contemporânea. Onde não preciso falar mais nada, pois ela está
por toda a parte nas artes em geral, pintura, poesia, música, cinema e teatro.
Hoje
quase não vemos mais a produção de arte com qualidade, tudo é propositadamente
de muito mau gosto, salvo raras exceções.
Adilson
Maestri