sábado, 12 de fevereiro de 2022

A Beleza Através do Tempo

 


A constante busca pela beleza exerce forte influência nos fatores que determinam o bem-estar biopsicossocial dos indivíduos. Esta, porém, não é uma preocupação recente. Há milhares de anos, nossa espécie busca representar-se através da arte, em uma constante tentativa de encontrar a verdadeira beleza.

A beleza está associada intimamente à presença de Deus.

A partir da Antiguidade, essa busca começou a se tornar racional, tendo pela primeira vez uma percepção consciente da beleza.

Com a chegada da Idade Média e ascensão do cristianismo, a religião afetou profundamente a forma de viver das sociedades ocidentais e certamente influenciou positivamente no ideal de beleza.

O objeto belo é um objeto que, em virtude de sua forma, deleita os sentidos e a alma.

Não é possível ficar indiferente à beleza. Filósofos e cientistas sempre buscam uma resposta para esse estranho motivo que atrai os olhares para as coisas e as pessoas que são consideradas belas.

O cérebro humano foi programado para ver ordem e beleza no mundo.

Pode ser invisível, mas existem padrões no ar que fazer o indivíduo se elevar espiritualmente.

Vendo por meio da internet a barbárie dominante nas manifestações artísticas do século XXI pus-me a pensar na história da arte. Começando pelo final da idade média para o início da arte renascentista, passando pela arte moderna e então terminando na arte contemporânea. Isso me levou a sentir raiva, misturado com uma frustração, dando-me mais motivos para ficar atento ao que está acontecendo com a humanidade.

Com o renascimento, as artes em geral (arquitetura, música, pintura, escultura, mobiliário, utensílios, vestuário) demonstravam a beleza e a realidade do mundo criado por Deus. E esse era o objetivo da arte, a beleza.

Passamos então por vários movimentos e estilos artísticos, cada um superando o outro em termos de técnicas e perfeição. Passando pelo barroco, rococó, até chegarmos ao romantismo no século XIX.

O romantismo é um dos estilos mais belos já criados pelo homem. O nível de detalhes, de sentimentos passados pelas obras é simplesmente fantástico. E esse foi o auge da arte pictórica no mundo, por que desde então, aconteceu um verdadeiro genocídio do bom gosto e da delicadeza.

A arte moderna teve seu início com o expressionismo onde cada um teria que sentir e observar à sua maneira. O sentimento passado seria interpretado por cada um dos observadores. Algumas pinturas são muito bem pintadas, como é o caso de Van Gogh, mas percebe-se que perdemos então a essência da realidade, abraçando uma beleza relativa, já que o abstrato começou a ser utilizado mais do que nunca.

A partir daí veio o início da desgraça e os artistas começaram a ser contra o modelo e técnicas tradicionais. Afirmando que a arte do jeito que estava sendo tratada era burguesa e elitista. Quem acredita numa coisa dessas não está em seu juízo perfeito.

Então começou a ter movimentos artísticos que tinham como objetivo deselitizar a arte, onde não seria necessário ter o menor talento ou técnica, assassinando assim toda a história e conquistas dos últimos 500 anos.

Os novos estilos queriam eliminar e acabar com o tradicionalismo. Todos queriam ser inovadores e terem uma mentalidade revolucionária.

Todos esses novos estilos possuem algo em comum. Todos estão conectados de alguma maneira ao ateísmo da ideologia materialista. Onde não há Deus não há beleza nem perfeição.

Os principais artistas do modernismo acabaram se filiando a partidos esquerdistas de seus países, utilizando a arte, que é uma parte importantíssima da cultura das sociedades, como propaganda da sua nefasta ideologia.

Assim chegamos à arte contemporânea. Onde não preciso falar mais nada, pois ela está por toda a parte nas artes em geral, pintura, poesia, música, cinema e teatro.

Hoje quase não vemos mais a produção de arte com qualidade, tudo é propositadamente de muito mau gosto, salvo raras exceções.

Adilson Maestri

 

 

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