domingo, 19 de junho de 2011

Mãos a Obra


Vivemos um tempo especial na história da humanidade.
Estamos ampliando lentamente a consciência de nossa própria natureza divina e do quanto somos partícipes na construção do universo.
De tanto repetirmos o mantra deixado por Jesus de Nazaré, de tanto incorporarmos ao nosso pensamento o desejo nele expresso, estamos lentamente materializando a nova etapa da humanidade assentada na Terra: viver no paraíso.
Enquanto escrevo, ouço Gabriel’s Oboe, o tema criado por Ennio Morricone para o filme “A Missão” e a ideia do utópico paraíso nele criado me vem à mente.
Um lugar onde reina a harmonia dos homens com a natureza, onde a beleza está presente em tudo que tem vida, os homens, os animais, as plantas, os rios, as montanhas, tudo pulsando em uníssono um hino de amor a Deus que é mais que ouvido, é sentido.
Pai nosso que estás no céu, santificado seja o vosso nome, seja feita a vossa vontade assim na Terra como nos céus...
Essa idéia de um Deus perfeição espraiando seu céu sobre a Terra, transformando nosso canteiro de obras numa obra pronta e de acabamento esmerado é um sonho que podemos constatar se concretizando.
Nossa atenção focada na notícia que vem de fora nos leva a crer no contrário, mas canteiro de obras tem entulho e muito. No terceiro mundo o volume de entulho rivaliza com o volume de material assentado.  Assim também, durante a construção de uma realidade nova, muito entulho energético surge em torno de seus pilares.
Em países desenvolvidos, as obras têm menos entulho mostrando uma fase mais adiantada desse construir realidades.
Digo isso por ser otimista? Óbvio. Um engenheiro, tigre, capricorniano, construtor por natureza, consegue ver a obra pronta desde o início e com projeto em mente faz a obra acontecer. Não tenho pejo em expressar minha realidade, pois entendo que todos nós temos visões de mundo diferenciadas, além do que, sinto que realmente há mundos diferenciados se entrelaçando nesse universo de Deus sem fim.
Esse concerto de mundos contempla os novos mundos sonhados para vivermos tempos de paz e glória.
Como acelerar esse processo?
Incorporando cada vez mais à nossa mente o mantra do nazareno e ter certeza de que todo entulho é circunstancial e não incorpora à obra em execução.
Precisamos apurar nosso olhar para os acontecimentos a nossa volta e separar o joio do trigo.
Sim, há uma carnificina sendo executada por todos os cantos da Terra. Há violência por toda a parte. Mas, a história da humanidade está repleta de estórias de guerras, onde a matança cruel era encarada como circunstancial e necessária para a consecução dos objetivos que motivaram as guerras, a ampliação dos impérios.
O Paraguai quase ficou sem homens quando o Brasil o invadiu a mando da Inglaterra. A Guerra do Paraguai foi uma chacina em larga escala, uma hecatombe demográfica, cerca de 60.000 homens adultos e meninos foram assassinados.
A sede de sangue continua em nossos dias espalhada por todo o planeta.
Mas quem está envolvido nessa triste estória?
Uma parte dos espíritos que vieram para a Terra em busca do auto reconhecimento de sua natureza divina, continua relutando em se identificar com o lado positivo e construtor do ser humano, fazendo o contraponto para os demais.
No mundo de luz e sombra, alguém sempre faz o papel mais difícil. Viver o lado mais sombrio da natureza humana.
Cada um de nós já viveu esse momento, que reaparece sempre em níveis menos ou mais sutis na constante busca da verdade.
Apurando nossos sentidos podemos ver uma nova realidade emergindo do caos, basta conectarmo-nos com a frequência correta.
Auscultando nosso interior, identificando nossos verdadeiros anseios, com toda certeza saberemos a quais notícias darmos crédito, se da violência urbana, ou se da compaixão expressada nos movimentos de solidariedade que se multiplicam por todo o planeta.
O voluntariado cresce exponencialmente em todos os países e acentuadamente no Brasil. A consciência de nossa corresponsabilidade com os desníveis sociais e culturais está levando os partícipes da banda saudável da humanidade a estenderem as mãos aos necessitados de toda ordem.
O nivelamento saudável e desejado para vivermos os dias de paz na Terra passa por sairmos de nossos casulos, nos tornarmos proativos e encarar a utopia como sonho realizável. Assim nos céu como na Terra.
Encontre sua turma e mãos à obra!


quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Calor da Mãos


O calor das mãos tem poderes que comumente não nos apercebemos.

Quando tocamos alguém e esse toque é acompanhado de um sentimento nobre, amor, carinho, compaixão, solidariedade e tantos outros, esse calor se traduz num alento que permite ao ser tocado acessar um portal de conforto emocional sem par.

Pelo toque amoroso podemos mudar o rumo de decisões catastróficas. Esse calor que penetra na derme leva o cérebro a viajar para um lugar no espaço e no tempo em que a harmonia era presente na alma do ser. Esse retorno ao aconchego das boas lembranças trás ao presente a possibilidade do ser reviver um estado emocional harmônico que comumente traduzimos pela palavra felicidade.

O toque nos possibilita acessar a felicidade momentaneamente e essa vivência, mesmo que revivida tão instantaneamente, pode permitir darmos um salto quântico em nossa emoção e trazer a mente para uma realidade completamente diferente.

Se o toque com as mãos pode fazer essa mudança, o que não pode fazer um abraço?

Vivemos num tempo de individualidade exacerbada, onde cada um busca fora de si encontrar algo que lhe preencha o vazio. Corremos cada vez mais, nos ocupamos cada vez mais e dizemos que o tempo está mais veloz.

Precisamos desacelerar e ter tempo para tocar mais as pessoas à nossa volta. Fazer a comunicação não mais só por imagens e sons, mas também por toques físicos, quentes, calmos, intensos e amorosos.

Com toda certeza teremos mais momentos verdadeiramente felizes em nossas vidas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Das Amarguras da Vida

Conflitos em relacionamentos são naturais no ser humano, entretanto vivemos com a atenção voltada para nosso próprio umbigo e acreditamos que tudo à nossa volta existe para nos satisfazer, para nos completar, para nos dar alegria e felicidade, então cada conflito torna-se um drama.

Tudo à nossa volta simplesmente existe e está no mundo tridimensional porque alguém plasmou por razões as mais diversas. Está tudo lá fora independente da nossa vontade. Até podemos fazer uso desse material com a consciência de que ele não nos pertence, portanto não devemos dele nos apropriar.

O mundo espiritual que chamamos de material - onde nossa consciência está ancorada - nasce na mente dos homens, de todos os homens, é uma criação coletiva, estimulada e desenvolvida com a energia da mesma fonte: a fonte a que denominamos Deus, de onde ela se expande e para onde retorna.

Independente de nosso ego existir, o mundo está aqui, ou lá fora, dependendo de como o interpretamos.

Dessa divergência de interpretação do que seja o mundo – de acreditar que o mundo existe para nós – é que nascem sentimentos como a amargura, a tristeza, o inconformismo e outros tantos que povoam nosso imaginário e nossa alma.

Dessa maneira, os conflitos são fontes importantes para avançarmos em nossa compreensão do que seja a vida e o mundo, mas costumamos encará-los como resíduo de relações mal resolvidas.

Ao nos afastarmos de alguém por causa dos conflitos corremos o risco de levar conosco uma carga energética pesada, que tornar-se-á um peso para arrastarmos por todo o sempre. Sim, sempre, pois a alojamos em nosso campo magnético. Fica “arquivada” como back up de um acontecimento que não queremos perder. Dizemos que queremos esquecer, mas armazenado em nossa “consciência” jamais nos livraremos dela.

Por essa razão, desenlace de relacionamentos precisam ser tratados com seriedade, serenidade e a compreensão de que no universo encontramos, e encontraremos muitos parceiros para todo tipo de empreitada, mas assim como os astros seguem rotas pelo universo infinito, nós também seguimos uma viagem interminável e precisamos estar com nossa estrutura energética sempre apta a novas aventuras, com espaço disponível para o novo.

Carregar conosco amargura, mágoa e ressentimentos, significa que teremos que enfrentar novas situações idênticas para aprender a lição mal assimilada e poder descartar o peso energético desarmônico. As filosofias orientais chamam a isso de karma.

Como religiosos poderemos encarar isso como pecado e perdão. Como engenheiro, vejo a situação como carga e descarga de energia, sem drama.