Conflitos em relacionamentos são naturais no ser humano, entretanto vivemos com a atenção voltada para nosso próprio umbigo e acreditamos que tudo à nossa volta existe para nos satisfazer, para nos completar, para nos dar alegria e felicidade, então cada conflito torna-se um drama.
Tudo à nossa volta simplesmente existe e está no mundo tridimensional porque alguém plasmou por razões as mais diversas. Está tudo lá fora independente da nossa vontade. Até podemos fazer uso desse material com a consciência de que ele não nos pertence, portanto não devemos dele nos apropriar.
O mundo espiritual que chamamos de material - onde nossa consciência está ancorada - nasce na mente dos homens, de todos os homens, é uma criação coletiva, estimulada e desenvolvida com a energia da mesma fonte: a fonte a que denominamos Deus, de onde ela se expande e para onde retorna.
Independente de nosso ego existir, o mundo está aqui, ou lá fora, dependendo de como o interpretamos.
Dessa divergência de interpretação do que seja o mundo – de acreditar que o mundo existe para nós – é que nascem sentimentos como a amargura, a tristeza, o inconformismo e outros tantos que povoam nosso imaginário e nossa alma.
Dessa maneira, os conflitos são fontes importantes para avançarmos em nossa compreensão do que seja a vida e o mundo, mas costumamos encará-los como resíduo de relações mal resolvidas.
Ao nos afastarmos de alguém por causa dos conflitos corremos o risco de levar conosco uma carga energética pesada, que tornar-se-á um peso para arrastarmos por todo o sempre. Sim, sempre, pois a alojamos em nosso campo magnético. Fica “arquivada” como back up de um acontecimento que não queremos perder. Dizemos que queremos esquecer, mas armazenado em nossa “consciência” jamais nos livraremos dela.
Por essa razão, desenlace de relacionamentos precisam ser tratados com seriedade, serenidade e a compreensão de que no universo encontramos, e encontraremos muitos parceiros para todo tipo de empreitada, mas assim como os astros seguem rotas pelo universo infinito, nós também seguimos uma viagem interminável e precisamos estar com nossa estrutura energética sempre apta a novas aventuras, com espaço disponível para o novo.
Carregar conosco amargura, mágoa e ressentimentos, significa que teremos que enfrentar novas situações idênticas para aprender a lição mal assimilada e poder descartar o peso energético desarmônico. As filosofias orientais chamam a isso de karma.
Como religiosos poderemos encarar isso como pecado e perdão. Como engenheiro, vejo a situação como carga e descarga de energia, sem drama.
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