sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sempre dê o melhor de si

Sob qualquer circunstância, sempre faça o melhor possível, nem mais, nem menos. Porém, tenha em mente que o seu “melhor” nunca será o mesmo de um instante para outro. Tudo está vivo e mudando o tempo todo; portanto, fazer o melhor algumas vezes pode produzir alta qualidade e outras vezes não vai ser tão bom.

Quando você acorda bem, energizado, descansado, o seu “melhor” tem mais qualidade do que quando você está cansado.

Seu “melhor” possui mais qualidade quando você está saudável e sóbrio em contraposição a quando está doente ou embriagado. Vai depender de você estar se sentindo maravilhosamente feliz ou aborrecido, zangado ou ciumento.

Independente da qualidade, continue dando o melhor de si, nem mais, nem menos.

Esforçando-se demais para fazer melhor, você vai despender mais energia do que é necessário e ao final o seu “melhor” não será o suficiente. Quando você exagera, esgota seu corpo e vai contra si mesmo, precisando de mais tempo para alcançar seu objetivo. Se fizer menos do que o seu “melhor”, vai sujeitar-se a frustrações, autojulgamento, culpas e arrependimento.

Dando o melhor de si, você vai viver intensamente sua vida. Será produtivo, será bom para você mesmo, porque irá se doar à sua família, à sua comunidade, a todos. Mas é a ação que irá fazê-lo sentir a mais intensa felicidade. Poderá até ganhar mais do que imaginou para si mesmo sem esperar recompensas, estará se divertindo sem sentir tédio e sem acumular frustrações.

Na verdade, fazer o melhor não parece trabalho, porque você gosta do que faz e não porque precisa agradar a alguém.

Fazer o melhor é assumir a ação, porque você ama isso, não porque espera uma recompensa. A maior parte das pessoas faz exatamente o oposto: só age quando espera uma recompensa e não aprecia a ação. É esse o motivo pelo qual não fazem o melhor.

Quando fazemos o que gostamos vivemos plenamente e nos tornamos mestres de nosso ofício.

Se você der o melhor de si na procura de liberdade pessoal, na procura do amor próprio, vai descobrir que é apenas uma questão de tempo até conseguir o que deseja.


Texto baseado nas palavras de
Dom Miguel Ruiz em “Os quatro Compromissos”

Não Tire Conclusões

Nós temos a tendência para tirar conclusões de tudo. O problema é que acreditamos que nossas conclusões espelham a verdade.

Tirando conclusões sobre os que os outros fazem e dizem os culpamos e reagimos enviando veneno emocional com nossas palavras. Por isso estamos sempre pedindo desculpas.

Tiramos conclusões, entendemos errado, levamos isso para o lado pessoal e acabamos criando um grande drama do nada.

Os dramas pelos quais passamos em nossas vidas foram causados por nossas conclusões. Pare um instante para analisar essa afirmativa. Toda a teia de controle entre os seres humanos é sobre tirar conclusões e levar as coisas para o lado pessoal. Nosso inferno é baseado nisso.

Criamos muito veneno emocional tirando conclusões e ainda fofocamos sobre nossas conclusões. Fofocar é a maneira que temos de transferir o veneno emocional que criamos. Como não costumamos pedir esclarecimentos, tiramos conclusões e acreditamos estar certos sobre nossas conclusões, depois defendemos nossas conclusões e tentamos tornar a outra pessoa errada.

Sempre é melhor fazer perguntas do que tirar conclusões, porque as conclusões nos predispõem ao sofrimento.

Apenas enxergamos e escutamos o que queremos. Sonhamos sem base na realidade.

Em qualquer tipo de relacionamento podemos presumir que os outros sabem o que pensamos e que não precisamos dizer qual nosso desejo. Quando os outros não fazem o que queremos porque não sabem que queremos, nos sentimos magoados e pensamos: “Como é possível você fazer isso comigo? Deveria saber”.

Os dramas são criados porque tiramos conclusões e em seguida tiramos novas conclusões sobre as primeiras.

Todos os problemas humanos poderiam ser resolvidos se tivéssemos uma comunicação boa e clara.

Pense sobre isso!


Texto baseado nas palavras de
Dom Miguel Ruiz em “Os quatro Compromissos”

Não Levar Nada Para o Lado Pessoal

 Quando alguém tece alguma consideração a nosso respeito, pode estar falando a verdade ou não. Se não e levamos para o lado pessoal é porque concordamos com o que foi dito.

Assim que concordamos, o veneno nos perpassa e ficamos presos no sonho do inferno.

O que causa a captura é o que podemos chamar de importância pessoal. É a expressão máxima do egoísmo, porque cometemos a presunção de acreditar que o que os outros falam é sobre nós. Achamos que somos responsáveis por tudo. Eu, eu e sempre eu.

Acontece que tudo o que os outros fazem, não é por nossa causa, mas por causa deles mesmos. Cada pessoa vive em seu próprio mundo, vivendo seus próprios sonhos, em suas próprias mentes que são mundos completamente diferentes dos nossos.

Quando levamos algo para o lado pessoal, presumimos que os outros sabem o que se passa em nosso mundo particular e tentamos impor nosso mundo ao deles.

Mesmo quando uma situação parece pessoal, mesmo que alguém nos insulte diretamente, não tem nada a ver conosco. O que os outros dizem tem compromisso com a mente deles. O ponto de vista deles provém da programação que receberam durante sua infância, ou domesticação.

O que os outros dizem a nosso respeito é uma forma deles lidarem com seus próprios sentimentos, crenças e opiniões. A pessoa ao emitir uma opinião sobre nós está na verdade tentando nos envenenar. Se levarmos sua opinião para o lado pessoal, acataremos o veneno e ele passa a ser nosso.

Levar as coisas para o lado pessoal nos torna presas fáceis para os predadores, os feiticeiros de palavras. Eles conseguem captar nossa atenção com uma pequena opinião e injetam todo o veneno que desejam, se levamos para o lado pessoal, aceitamos tudo.

Se não levamos para o lado pessoal, estaremos imunes mesmo no meio do inferno. Imunidade ao veneno no meio do inferno é a dádiva desse compromisso.

Quando levamos as coisas para o lado pessoal, sentimo-nos ofendidos e a reação é defender nossas crenças e criar conflitos. Fazemos tempestades em copo d’água porque temos a necessidade de estarmos certos e tornar os outros errados.

O que vale para os outros vale também para nós que precisamos ser absolutamente honestos conosco mesmos para não emitir opinião a respeito dos outros.




Texto baseado nas palavras de
Dom Miguel Ruiz em “Os quatro Compromissos”


domingo, 10 de junho de 2012

A Impecabilidade da Palavra

No livro Genesis da Bíblia temos que: “No início havia o verbo, e o verbo era com Deus, e o verbo era Deus”.

Porque fomos criados a imagem e semelhança de Deus, sendo, segundo Jesus de Nazaré, filhos de Deus, recebemos, como herança, a tarefa de co-criar o universo e assim temos, na palavra, a nossa principal ferramenta de trabalho.

Por meio da palavra, manifestamos nosso poder criativo, independente do idioma que falarmos, pois o componente principal está na intenção com a qual nos manifestamos.

O que sonhamos e o que sentimos, manifestamos mediante nossas palavras.

A palavra é a mais poderosa ferramenta que o homem possui, é a ferramenta da magia, que podemos usar tanto para o bem quanto para o mal e a isso chamamos de magia branca e negra.

Torna-se necessário, pois, atentar para qual uso fazemos de nossas palavras, uma vez que o bom uso pode criar coisas boas e o mau uso pode destruir e escravizar.

Uma só palavra pode mudar o destino de uma pessoa ou de uma nação.

Todo ser humano é um mágico e pode colocar alguém sob encantamento com sua palavra ou libertá-la.

A mente humana é como um terreno fértil onde sementes são plantadas continuamente. Essas sementes são as opiniões, idéias e conceitos que emitimos ou ouvimos.

Durante nossa infância somos bombardeados por conceitos e opiniões de nossos pais e outros adultos a respeito de tudo e também a nosso respeito, e nós acreditamos e registramos tudo em nossa mente. Assim nossa personalidade é formada. Com esses conceitos e idéias passamos a fazer nossas trocas com o mundo, nos manifestando e nos posicionando.

Ao captar nossa atenção, a palavra pode entrar em nossa mente e alterar um conceito já estabelecido para melhor ou pior. Daí a necessidade da impecabilidade da palavra.

Impecabilidade quer dizer “sem pecado”. Pecado é algo que fazemos e que vai contra nós mesmos. Somos contra nós mesmos quando nos julgamos ou nos culpamos por algo que fizemos ou falamos.

Somos impecáveis (sem pecado) quando assumimos a responsabilidade por nossos atos sem nos julgarmos nem nos atribuírmos culpa.

O pecado começa por nos auto-rejeitarmos e assim vivermos sob a tortura da culpa.

Ser impecável com a palavra começa por não usá-la contra nós mesmos.

Se amarmos a nós mesmos, iremos expressar esse amor em nossas relações, usando nossa energia na direção da verdade e do amor por todos.

Se assumirmos um compromisso, conosco mesmo, de sermos impecáveis com nossas palavras, estaremos sempre manifestando a verdade e erradicando todo veneno emocional que possa ter se alojado em nosso interior.


Texto baseado nas palavras de
Dom Miguel Ruiz em “Os quatro Compromissos”