segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Curando pela fé

Afinal de contas o que é a fé? Que poder ela tem?
Jesus já nos ensinava que se tivéssemos fé moveríamos montanhas, que as curas à sua volta não se davam pelo seu poder pessoal, mas pela fé das pessoas.
Fé não é esperança, fé é certeza.
Na esperança acreditamos que alguém irá fazer algo por nós, sejam homens, anjos, santos ou deuses.
Acreditar que o universo conhece nossa situação miserável e que por caridade alguém nos olhará com piedade e nos tirará do buraco em que nos encontramos é uma atitude pouco humilde.
Não somos o centro do Universo, todos à nossa volta estão ocupados em suas lides diárias, cuidando de suas vidas, então precisamos, nós, também, cuidar da nossa.
Se precisamos de ajuda, temos que dizer a alguém, ao mundo, ao Universo que não conseguimos dar conta de nossas necessidades.
Ficar parado com o olhar de pedinte à espera que alguém nos perceba, pode demandar tempo demais, sofrimento demais e desnecessário.
A fé pressupõe o comportamento ditado pela disposição interior em favor de uma mudança, de uma transformação. A fé não aguarda passivamente o mundo se mover em nossa direção, mas o movimento inverso, nós em direção do mundo, dizendo mais do que queremos, mais do que somos.
Na fé estamos dizendo ao Universo quem somos: filhos de Deus, perfeitos em essência, mas ainda nos descobrindo, construindo nossa consciência e nossa identidade.
Na fé não pedimos, mas assumimos nosso desejo de ser o que quisermos, assumimos nossa natureza humana em constante mutação.
Quando entendemos esse processo, a cura é só consequência, pois no processo transformador de vir a ser estaremos sempre melhorando todos os nossos atributos espirituais, aprimorando todas as faces do nosso caráter.
A cura é a resposta que damos a nós mesmos que entendemos o que estávamos precisando naqueles momentos de sofreguidão, dor e desespero.
O que era aquela ansiedade?
O que a dor estava nos dizendo?
Que alguma dor emocional não estava sendo atendida, que alguns cuidados com o corpo não estavam sendo observados.
A dor é um grito de socorro da alma que veio ao mundo para ser feliz.
Portanto a fé não pode ser crer no sobrenatural, no milagre, mas no entrosamento perfeito entre a consciência e a sabedoria do espírito, o deixar acontecer no plano material os ideais que nos trouxeram aqui.
Quando estamos no caminho da realização dos ideais do espírito, estamos em harmonia com o Cosmos e a felicidade é nosso estado natural.
Na desarmonia, adoecemos. Então o retorno passa pela consciência da necessidade da harmonia.
A cura é questão de consciência e não de favores e a essa consciência de quem somos e o poder que ela nos traz chamamos de fé.

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