quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
O Silêncio
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
Sim, Sou Cético
Esse
juiz interno formado, por essa nuvem de crenças, limita a interpretação das
experiências que vivemos. No momento que nos identificamos com uma situação ou
modelo, nossas decisões sofrem influências daquele padrão.
Por
mais que achamos que presenciamos a realidade, ela é constituída através do
nosso sistema de crenças e valores. A realidade em si é percebida através das
informações que obtivemos durante nossa trajetória. Passamos a crer naquilo que
nossa mente nos diz ser a realidade e podemos nos acomodar a perceber a vida
assim.
Quando
um ser humano tem a propensão a crer, movido por algum motivo circunstancial,
as faculdades da inteligência são afetadas em suas funções, pois se produz um
adormecimento temporário da mente e ele passa a crer no que os outros dizem. Este
hábito costuma ter efeitos danosos para a alma, porque, ao provocar a inércia
da inteligência, pode levar ao fanatismo, que é a negação do juízo e do bom
senso.
Sua
causa real é a ignorância. Observa-se que quem tem essa propensão ao fanatismo revela
um estado mental precário.
A
propensão a crer é própria de quem não tem o hábito de pensar - e não quer
pensar - um ser mentalmente acomodado, que, antes de decidir-se a investigar,
por si mesmo, as questões que o preocupam ou lhe interessam, se mantém confiado
na opinião dos outros.
Refratário
ao estudo atento, sereno, reflexivo, sua opinião reflete sua incapacidade de
pensar. É comum que esse tipo de ser humano, se mostre fanático por uma ideia,
uma crença, etc., situação a que nunca chega o homem acostumado a pensar
livremente, a raciocinar com amplitude, a formar para si um juízo das suas
próprias percepções.
A
falha tem, muitas vezes, origem na educação familiar, quando a criança não é
incentivada a fazer uso de sua inteligência, para que possa discernir por si mesma,
o real do irreal, o verdadeiro do falso, o sensato do absurdo, consentindo-se,
ao contrário, que sua mente seja tomada pelas crenças, de fácil assimilação.
Os
pais costumam dizer aos filhos o que é certo e o que é errado em vez de
fazê-los refletir sobre o assunto. Só que os pais acreditam que o que pensam
que é certo, é certo, pois foi isso que eles se acostumaram a ouvir.
Com essa
propensão a crer o ser acaba por se tornar um adulto inseguro.
Quando
envolvido em questões espirituais, acaba por caminhar sobre o tênue fio que
separa o fanatismo da loucura.
O
saber que se adquire, por meio do estudo e da experiência, põe o ser humano a
salvo dos riscos a que o expõe esta danosa propensão.
É necessário
preservar os valores, que são atemporais e que não se negociam. Esses sim são
absolutos e não questionáveis. No mais, desconfio das ondas que, da mesma forma
que surgem, desaparecem; dos fenômenos de popularidade que, como fogos de
artifício, brilham por alguns minutos para se transformarem em fumaça; das
lideranças que hoje estão na capa dos veículos de economia e amanhã nas páginas
policiais; das tendências de comportamento com nomes esquisitos e que nunca se
realizam. E por aí vai.
Sem o
dogmatismo negativo, sim, eu sou um cético. No espírito questionador, o
verdadeiro cético é aquele que não se contenta com as verdades aparentes, com
as primeiras conclusões. Essas são pessoas que querem ir a fundo na discussão,
ao limite das dúvidas, para só, então, realmente formar sua opinião, criar
juízo sobre o assunto.
A palavra
cético vem do grego, Skeptomai, que significa: examinar, investigar.
No ceticismo o
espírito humano não pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade, o que
resulta em um procedimento intelectual de dúvida constante.
Creio ser cada
vez mais importante ser cético, como defesa contra as falsas verdades, que nos
envolvem e podem levar a enormes enganos.
Como cético
sempre olho com cuidado às afirmações que tendem aos polos, às posições
radicais, principalmente em uma época em que tudo é tão fluido, tão instável.
Adilson
Maestri
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
A Indiferença
O Dia Em Que Eu Morri
Vou contar como tudo
aconteceu.
A minha primeira parcela de morte aconteceu quando acreditei que existiam vidas
mais importantes e preciosas do que a minha. O mais estranho é que eu chamava
isso de humildade. Nunca pensei na possibilidade do auto abandono.
Morri mais um pouquinho no dia em que acreditei em vida ideal, estável, segura
e confortável.
Passei a não saber lidar com as mudanças.
Elas me aterrorizavam.
Depois vieram outras mortes.
Recordo-me que comecei a perder gotículas de vida diária, desde que passei a
consultar os meus medos ao invés do meu coração. Daí em diante comecei a
agonizar mais rápido e a ser possuída por uma sucessão de pequenas mortes.
Morri no dia em que meus lábios disseram, não.
Enquanto o meu coração gritava, sim!
Morri no dia em que abandonei um projeto pela metade por pura falta de
disciplina.
Morri no dia em que me entreguei à preguiça.
No dia em que decidir ser ignorante, bulímica, cruel, egoísta e desumana comigo
mesma.
Você pensa que não decide essas coisas?
Lamento. Decide sim!
Sempre que você troca uma vida saudável por vícios, gulodice, sedentarismo,
drogas e alienação intelectual, emocional, espiritual, cultural ou financeira,
você está fazendo uma escolha entre viver e morrer.
Morri no dia em que decidi ficar em um relacionamento ruim, apenas para não
ficar só.
Mais tarde percebi que troquei afeto por comodismo e amor por amargura.
Morri outra vez, no dia em que abri mão dos meus sonhos por um suposto amor.
Confundi relacionamento com posse e ciúme com zelo.
Morri no dia em que acreditei na crítica de pessoas cruéis.
A pior delas? Eu mesma.
Morri no dia em que me tornei escrava das minhas indecisões.
No dia em que prestei mais atenção às minhas rugas do que aos meus sorrisos.
Morri no dia que invejei , fofoquei e difamei.
Sequer percebi o quanto havia me tornado uma vampira da felicidade alheia.
Morri no dia que acreditei que preço era mais importante do que valor.
Morri no dia em que me tornei competitiva e fiquei cega para a beleza da singularidade
humana.
Morri no dia em que troquei o hoje pelo amanhã.
Quer saber o mais estranho? O amanhã não chegou.
Ficou vazio… Sem história, música ou cor.
Não morri de causas naturais.
Fui assassinada todos os dias.
As razões desses abandonos foram uma sucessão de desculpas e equívocos.
Mas ainda assim foram decisões.
O mais irônico de tudo isso?
As pessoas que vivem bem não tem medo da morte real.
As que vivem mal é que padecem desse sofrimento, embora já estejam mortas.
Lígia Guerra
quarta-feira, 6 de janeiro de 2021
O Eixo Magnético e a Transição
Em 1831,
James Clark Ross localizou o norte magnético em ilhas canadenses e, desde
então, esse norte magnético vem marchando cada vez mais para o norte do
planeta, e atravessou centenas de quilômetros somente nas últimas décadas.
Enquanto isso, o oposto polar do sul magnético mudou pouca coisa nesse meio
tempo.
O Modelo
Magnético Mundial teve de ser atualizado, pois o polo norte
magnético da Terra está mudando mais rapidamente do que o normal.
O norte
magnético é um dos "polos norte" que temos na Terra. Existe o
"norte verdadeiro", o extremo norte do eixo de rotação do planeta e o
norte magnético - o norte que nossas bússolas localizam –que é definido como o
ponto no qual as linhas do campo magnético apontam verticalmente.
Atualmente,
o ponto do norte magnético está se movendo a velocidade de 54 km por ano, sendo
que, no ano 2000, essa velocidade era de 14 km/ano.
Quando na
década de oitenta fui iniciado no espiritismo, os espíritos nos falavam da
mudança da inclinação do eixo magnético e suas consequências para a humanidade.
Não havia publicações científicas que corroborasse essa informação, entretanto
nós acreditávamos e em razão disto venho ao longo desses 40 anos acompanhando o
que é noticiado a esse respeito.
Diziam,
entre outras coisas, que haveria uma redução significativa no número
nascimentos ao ponto de não nascer mais ninguém. Essa informação fez com que
alguns abandonassem o grupo, entretanto vemos nos últimos anos os casais terem
cada vez menos filhos. Meu avô teve onze filhos, meu pai seis, eu três e meus
filhos dois e um.
Vemos,
nos últimos anos, grupos de materialistas fazendo campanhas - em alguns lugares
com sucesso – pela legalização do aborto e vimos, pela TV, mulheres argentinas
comemorando festivamente a legalização dessa barbárie no país vizinho.
Essa
alteração no eixo magnético é a verdadeira causa das alterações climáticas que
estamos vivenciando e que continuarão se intensificando até que o eixo
magnético estabilize.
Pesquisas
arqueológicas indicam que os polos se invertem ciclicamente e o aumento na
velocidade no movimento do polo norte pode nos levar a uma nova inversão. As
consequências disso seriam catastróficas, com as placas tectônicas movimentando-se
com mais intensidade causando cataclismos sérios.
Concomitantemente
estamos passando por um processo de mudança no contingente de seres que na
Terra fazem suas experiências emocionais na busca de crescimento espiritual.
Parece que as visões de João Evangelista estão em curso.
Hoje
vemos muitos médiuns canalizando informações sobre essa mudança na qualidade
dos espíritos que chegam e nas últimas oportunidades que os recalcitrantes
estão tendo para acordar.
Vivemos um
tempo em que tudo está vindo à tona, onde a mentira se revela com muita
facilidade, onde o mau-caratismo fica cada vez mais evidente nas atitudes
daqueles que por interesses escusos se alinham com as forças do mal. A tela da
televisão parece um aparelho detector e revelador de mentiras.
Quanto
mais nos esforçarmos para introjetar os ensinamentos dos mestres, vivendo cada
vez mais em consonância com as Leis do Universo, mais facilmente e
conscientemente passaremos com êxito por essa fase de transição planetária.
A hora é
de cuidar de nossos quintais para colhermos as flores e frutos que viemos aqui
buscar.
Adilson
Maestri
Saiba mais
em:https://canaltech.com.br/ciencia/o-norte-magnetico-da-terra-esta-mudando-rapidamente-o-que-isso-significa-132133/