segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Mudanças no Eixo Magnético da Terra

 

Mudanças do Eixo Magnético e Núcleo da Terra são responsáveis pela mudança no clima do planeta. .

I - Mudanças no eixo magnético da Terra.

Até o início da década de 1990, o Polo Norte magnético era conhecido por estar a aproximadamente 1.600 km ao sul do Norte geográfico, no Canadá.

No entanto, os cientistas perceberam que a posição do norte magnético não era fixa e se movia a uma taxa de 15 km por ano. Desde a década de 1990, o deslocamento do polo magnético da Terra tornou-se uma verdadeira corrida.

Sua velocidade atual é de cerca de 50-60 km por ano, e está avançando para a Sibéria a uma velocidade nunca antes vista. E por quê?

Cientistas que estudam a deriva do polo norte magnético da Terra, usando dados da missão Swarm da ESA (European Space Agency), identificaram uma mudança no padrão de circulação de pontos magnéticos nas profundezas da superfície da Terra.

Eles descobriram que uma mudança no fluxo sob o Canadá fez com que uma área de campo magnético se estendesse na periferia do núcleo da Terra, nas profundezas da Terra. Isso enfraqueceu a placa canadense e fez com que o polo se deslocasse para a Sibéria.

Nosso campo magnético existe graças a um oceano de ferro líquido superaquecido que gira e forma o núcleo externo. Como um condutor giratório em um dínamo de bicicleta, esse ferro em movimento cria correntes elétricas que, por sua vez, geram nosso campo magnético em constante mudança.


O rastreamento de mudanças no campo magnético pode, portanto, dizer aos pesquisadores como o ferro no núcleo está se movendo.

Phil Livermore, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, declarou: "Várias teorias foram propostas para explicar esse comportamento, mas, como são baseadas em mudanças de campo magnético de pequena escala, não podem explicar a trajetória recente do polo. Graças aos dados coletados ao longo de vinte anos por satélites, principalmente o trio Swarm da ESA, podemos ver que a posição do polo norte magnético é amplamente determinada por um equilíbrio, ou um braço de ferro, entre dois grandes lóbulos de fluxo magnético negativo na fronteira entre o núcleo e o manto da Terra, abaixo do Canadá e da Sibéria".

A pesquisa mostra que entre 1970 e 1999, mudanças no padrão de fluxo do núcleo alongaram o lóbulo canadense, enfraquecendo significativamente sua assinatura na superfície da Terra, resultando na aceleração do polo em direção à Sibéria.

Modelos simples que levam em consideração esse processo e descrevem futuras mudanças geomagnéticas preveem que, na próxima década, o polo norte magnético continuará sua trajetória atual e se moverá 390 a 660 km em direção à Sibéria.

 

II – Rotação do Núcleo da Terra

Milhares de quilômetros abaixo da superfície da Terra, algo inesperado chama a atenção de cientistas. Em algum momento da última década, aparentemente, o núcleo do planeta parou de girar. Em um estudo publicado na revista Nature Geoscience, sismólogos da Universidade de Pequim revelaram o fenômeno que, por ora, não parece ter maiores consequências, algo que os pesquisadores ainda investigam.

Esfera quente do tamanho de Plutão, o núcleo da Terra fica a 5 mil quilômetros da superfície e é constituído essencialmente de ferro. Além de frear, o estudo sugere que, agora, ele faz o movimento para o lado oposto.

O mecanismo exato de rotação desta esfera, livre de movimento uma vez que flutua no líquido do núcleo externo, permanece difícil de decifrar. O pouco que se sabe é baseado em análises das ondas sísmicas, provocadas por terremotos, quando passam pelo centro do planeta.

Ao analisar os dados das ondas sísmicas nas últimas seis décadas, Xiaodong Song e Yi Yang, da Universidade de Pequim, concluíram que a rotação do núcleo "quase parou por volta de 2009 e depois girou na direção oposta". "Acreditamos que o núcleo central está, em relação à superfície da Terra, girando em uma direção e depois na outra, como um balanço", disseram, por e-mail, à agência France Presse (AFP). "Um ciclo completo desse movimento dura em torno de sete décadas", acrescentaram. Isso significa que muda de direção aproximadamente a cada 35 anos.


Excerto de artigo publicado no site: tempo.com

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Atividade Solar 2024

 

O Sol passa por mudanças periódicas na sua atividade de produção de manchas solares em sua superfície.

Esse período é conhecido como ciclo de atividade magnética solar que ocorre a cada 11 anos e varia no tamanho e no número das manchas.

A cada uma das três fases do ciclo (mínimo-máximo-mínimo), também variam as chances de uma tempestade solar atingir a Terra, já que elas estão diretamente relacionadas às manchas solares.

Por isso, os astrônomos trabalham para entender e prever com antecedência o surgimento das tais manchas para proteger a Terra das tempestades geomagnéticas, que podem causar danos aos satélites e espaçonaves em órbita e até mesmo danos em redes elétricas em solo.

No pico da atividade solar, as chances de tempestades violentas ocorrerem são maiores.

A duração de um ciclo pode variar de 9 a 14 meses.

Nesses ciclos ocorrem erupções de manchas solares e ejeções que são explosões que causam a liberação de radiação ultravioleta, raios-X e partículas eletricamente carregadas. Os eventos são energéticos o suficiente para enviar a radiação e as partículas em direção a todo o Sistema Solar incluindo a Terra.

Quando essa emissão atinge nosso planeta, choca-se com o campo magnético da Terra que nos protege de impactos agressivos.

Os astrônomos chamam isso de tempestade solar ou flash solar. Dependendo da potência dessa tempestade, no entanto, essa proteção pode não ser o suficiente. Além disso, a órbita terrestre, onde ficam satélites de comunicação e a Estação Espacial Internacional, está acima da proteção da ionosfera.

Durante os picos de atividade de um ciclo as manchas solares são maiores e mais numerosas. Esse é o sinal visível da atividade intensa do campo magnético do Sol, que pode resultar em tempestades solares mais perigosas.

O atual ciclo solar chama a atenção dos especialistas em clima espacial, desde 2020, por sua atividade acima do previsto.

Uma nova previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, entidade norte-americana, indica que o pico de atividade vai começar em 2024, um ano antes do que se esperava. Para alguns cientistas, isso representa um grande perigo para nós.

Essa tempestade solar pode causar um apagão na internet em todo o mundo em 2024.

‘A internet atingiu a maioridade numa época em que o sol estava relativamente calmo e agora está entrando numa época mais ativa’, disse um pesquisador norte americano.

Na visão do cientista, somos mais dependentes da internet do que nunca e isso seria um grave problema diante de um apagão.

Há a possibilidade de a ejeção de massa coronal do Sol ir para o espaço. Rezemos para isso.

Outros sistemas importantes para a humanidade, como a rede elétrica, os cabos de fibra ótica e o sistema de navegação GPS e satélites de comunicação também podem ser impactados pelo fenômeno.