segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Grupo Familiar

Vivo um momento delicado em minha vida, momento de decisão sobre o encaminhamento de sua segunda parte.

A primeira foi a vivência do mundo material, da formação da família, do patrimônio, da conquista de meu lugar na sociedade.

A segunda creio vir a ser a conclusão de uma missão.

Uma missão se realiza ao longo de uma vida de forma sutil. Nem sempre é perceptível ao consciente. Pode-se realizar uma missão com pleno êxito sem nunca ter tomado conhecimento dela; quando se busca desvendar esse mistério, ela pode tornar-se consciente, advindo daí uma ansiedade em concretizá-la.

A busca de nossa identidade nos leva a conectar com nosso percurso anterior e trazer, para o consciente, nossa jornada.

Aspectos desenvolvidos em vidas anteriores passam a ser percebidos no conjunto de facetas de nossa personalidade.

A descoberta do convívio, ao longo dos séculos, com determinadas pessoas, nos mostra o quanto estamos impregnados de suas influências. Influências herdadas, assimiladas, ou mesmo copiadas.

Dependendo do tipo de aspecto absorvido, isso pode levar ao desenvolvimento ou não.

Boas influências podem nos ajudar, porém más influências podem nos propiciar mais dificuldades em nossa trajetória.

Quando tomamos consciência de que nossa vida é nossa trajetória pelo universo, compreendemos o papel da nossa família espiritual, parcialmente traduzida em família física, carnal.

Após uma seqüência de experiências juntos, vamos nos concedendo influências mútuas que vão nos tornando parecidos ao longo do caminho.

Estamos, portanto, atrelados a um grupo familiar. Tentar viver uma vida carnal afastado do grupo familiar pode nos levar a não contatar com as situações necessárias e essenciais ao cumprimento de nossa missão.

Não podemos viver somente para a família, é claro, necessitamos expandir nosso círculo de amizades, precisamos reconhecer todo o nosso grupo espiritual que habita o mesmo planeta. Somos todos irmãos.

Nossa missão redentora tem um propósito maior e nos envolve com toda a humanidade. Nosso papel faz relacionarmo-nos com cada personagem do grupo familiar, porém, extrapolando as influências para toda humanidade.

Quando declaro meu amor ao meu irmão, faço-o a toda a criação divina. Meu ato de solidariedade com um irmão faz crescer a irmandade como um todo, pois estamos todos enredados.

Resgatar uma alma para o caminho é um passo firme em direção da paz

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