Gioacchino da Fiore foi um abade e filósofo místico, defensor do advento da Idade do Espírito Santo que é a interpretação da visão profética das Sagradas Escrituras no contexto da História.
Em sua obra "Expositio in Apocalipsim", Fiore fundamenta seu pensamento conforme sua interpretação do texto do Apocalipse. Nessa interpretação, existiriam três etapas, ou Idades da História, no desenvolvimento do Mundo, correspondentes às Três Pessoas da Santíssima Trindade.
A Primeira Idade, correspondeu ao governo de Deus Pai, e é representada pelo poder absoluto, inspirador do temor sagrado presente no Velho Testamento.
A Segunda Idade inicia-se pela revelação do Novo Testamento através de Deus Filho. A sabedoria divina que tinha permanecido escondida da humanidade se revela, então. Nessa idade vivieu Gioacchino (1132 - 1202).
A Terceira Idade, corresponde ao domínio da Terceira Pessoa. Seria o advento do império do Divino Espírito Santo, um tempo novo onde o amor universal e a igualdade entre todos os membros do Corpo Místico de Deus seriam alcançados.
No império do Divino Espírito Santo, as leis evangélicas seriam finalmente realizadas, não só na sua letra mas no seu espírito, isto é: a mensagem que nelas está escondida seria finalmente compreendida e aceita pela humanidade. Na Terceira Idade não haveria necessidade de instituições disciplinadoras da fé, já que esta seria universal e baseada diretamente na inspiração divina, pelo que poderiam ser dispensadas as estruturas institucionais do poder temporal de qualquer igreja. A sabedoria divina a todos iluminaria igualmente, ou seja, todos se benficiariam de uma "inteligência espiritual" capaz de permitir a plena compreensão dos divinos mistérios.
Joaquim de Fiore acreditava que a Segunda Idade estava no seu fim e que o advento do Império do Espírito Santo estava próximo. O fim da Segunda Idade, a ser marcado por um cataclismo, era já prenunciado pela desordem então patente no mundo. Após essa transição dolorosa, a unidade cristã seria alcançada (com a união entre as igrejas cristãs do ocidente e oriente e o fim dos cismas) e os judeus veriam a verdade do Novo Testamento. O Império do Divino Espírito Santo seria a apoteose da História, durando até ao fim dos tempos, apenas terminado com a glória da segunda vinda do Redentor.
Fonte consultada: Wikipédia.
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