Descobri,
não sei se tarde ou em tempo, que as pessoas mentem.
Pensava
eu que as pessoas às vezes mentiam, mas descobri que elas mentem normalmente,
cotidianamente. Mentem para si e para os outros.
Pensava
eu que seria capaz de perceber quando alguém mentisse para mim, mas descobri
que há pessoas que não tem compromisso com a realidade, vivem num mundo completamente
diverso daquilo que apregoam como sendo o seu mundo.
Aprendi
que uma coisa é o que as pessoas dizem de si e outra bem distinta é o que
percebo observando as suas atitudes. Mas elas pensam que o mundo crê no que
elas dizem; que todos à sua volta veem o mundo que elas pintam, com suas cores
e sua fantasia.
E
vendo o comportamento dos outros, infiro que o meu não deva ser diferente.
Mas,
o que mais me tocou, foi perceber que mesmo as pessoas com quem privamos de
intimidade, que juramos que conhecemos profundamente, não são, na realidade, o
que acreditamos ser. Elas são quem são e elas mentem.
Mas
por que todos dizem que são outras pessoas? Do que tem medo? O que querem
esconder?
Elas
tem medo do julgamento, por se sentirem inferiores aos outros?
Acreditam
que precisamos ser perfeitos. Não se dão conta que fomos criados por Deus e por
consequência, o que quer que sejamos já nascemos perfeitos, pois não há como
conceber que Deus criaria algo ou alguém imperfeito.
Cada
vez mais conhecemos o Universo material e tudo o que vemos é perfeito, tudo
obedece às Leis Universais que regem o Universo.
Por
que não conseguimos ver essa perfeição em nós mesmos?
Acreditamos
que só exista um modelo de ser humano, uma só maneira de ser humano?
A diversidade
das formas e saberes está contida na perfeição.
Precisamos
saber que somos apenas parte do Todo. Cada qual fazendo a sua parte. Não podemos
ser, todos, roda num automóvel, podemos ser roda, mas também podemos ser banco,
direção, lataria, motor, vidro, o que quer que seja, que tamanho tenha essa
peça, seremos sempre indispensáveis. Nossa contribuição é única e
imprescindível.
Quando
pararmos de nos comparar com os outros, não precisaremos mais mentir que somos
iguais. Nós não somos iguais. Não precisamos ser iguais. Precisamos ser quem
somos e nada mais.
O
mundo reconhece quem somos e nos deseja como somos, porque precisa de nossa contribuição,
do nosso talento, das nossas virtudes. E também precisa do nosso lado sombra - das
nossas inquietações - pois esse lado desconhecido irá sempre nos impulsionar
para o aperfeiçoamento da humanidade.
Portanto,
vamos parar de fingir que somos outra pessoa e assumir quem verdadeiramente
somos e assim dar nossa contribuição para uma convivência mais harmônica, pacífica e por consequência feliz.
Entender isto, abriu-me caminhos para o perdão.
Entender isto, abriu-me caminhos para o perdão.
ResponderExcluirEsses ensinamentos fazem o homem crescer em especie, ser valorizado como tal, ainda existe seres a margem da sociedade, encarcerados, outros presos ao seu imperio, assim destaca-se o ser humano de multiplas formas, mas de unico espirito, a perfeicao esta no Caminhar em Cristo, com ele aprenderemos o laco da humildade, e com isso mais facil se faz a comunicacao com DEUS. Que sejamos um cisco cada vez melhor...
adorei seu texto, e a lucidez da reflexão!
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