segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Sobre a Mentira





Descobri, não sei se tarde ou em tempo, que as pessoas mentem.

Pensava eu que as pessoas às vezes mentiam, mas descobri que elas mentem normalmente, cotidianamente. Mentem para si e para os outros.

Pensava eu que seria capaz de perceber quando alguém mentisse para mim, mas descobri que há pessoas que não tem compromisso com a realidade, vivem num mundo completamente diverso daquilo que apregoam como sendo o seu mundo.

Aprendi que uma coisa é o que as pessoas dizem de si e outra bem distinta é o que percebo observando as suas atitudes. Mas elas pensam que o mundo crê no que elas dizem; que todos à sua volta veem o mundo que elas pintam, com suas cores e sua fantasia.

E vendo o comportamento dos outros, infiro que o meu não deva ser diferente.

Mas, o que mais me tocou, foi perceber que mesmo as pessoas com quem privamos de intimidade, que juramos que conhecemos profundamente, não são, na realidade, o que acreditamos ser. Elas são quem são e elas mentem.

Mas por que todos dizem que são outras pessoas? Do que tem medo? O que querem esconder?

Elas tem medo do julgamento, por se sentirem inferiores aos outros?

Acreditam que precisamos ser perfeitos. Não se dão conta que fomos criados por Deus e por consequência, o que quer que sejamos já nascemos perfeitos, pois não há como conceber que Deus criaria algo ou alguém imperfeito.

Cada vez mais conhecemos o Universo material e tudo o que vemos é perfeito, tudo obedece às Leis Universais que regem o Universo.

Por que não conseguimos ver essa perfeição em nós mesmos?

Acreditamos que só exista um modelo de ser humano, uma só maneira de ser humano? 
A diversidade das formas e saberes está contida na perfeição.

Precisamos saber que somos apenas parte do Todo. Cada qual fazendo a sua parte. Não podemos ser, todos, roda num automóvel, podemos ser roda, mas também podemos ser banco, direção, lataria, motor, vidro, o que quer que seja, que tamanho tenha essa peça, seremos sempre indispensáveis. Nossa contribuição é única e imprescindível.

Quando pararmos de nos comparar com os outros, não precisaremos mais mentir que somos iguais. Nós não somos iguais. Não precisamos ser iguais. Precisamos ser quem somos e nada mais.

O mundo reconhece quem somos e nos deseja como somos, porque precisa de nossa contribuição, do nosso talento, das nossas virtudes. E também precisa do nosso lado sombra - das nossas inquietações - pois esse lado desconhecido irá sempre nos impulsionar para o aperfeiçoamento da humanidade.

Portanto, vamos parar de fingir que somos outra pessoa e assumir quem verdadeiramente somos e assim dar nossa contribuição para uma convivência mais harmônica, pacífica  e por consequência feliz.
Entender isto, abriu-me caminhos para o perdão.

2 comentários:




  1. Esses ensinamentos fazem o homem crescer em especie, ser valorizado como tal, ainda existe seres a margem da sociedade, encarcerados, outros presos ao seu imperio, assim destaca-se o ser humano de multiplas formas, mas de unico espirito, a perfeicao esta no Caminhar em Cristo, com ele aprenderemos o laco da humildade, e com isso mais facil se faz a comunicacao com DEUS. Que sejamos um cisco cada vez melhor...

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