terça-feira, 24 de março de 2020

Preservar-se dos Anticristos e do Mundo


Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo.
Nisto reconhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus;
E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; é este o espírito do Anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo. (Primeira Epístola de São João - 4)
No fim do tempo surgirão escarnecedores, que levarão vida de acordo com as próprias concupiscências ímpias. São esses que causam divisões, esses seres “psíquicos”, que não têm o Espírito. (Epístola de São Judas)

Lendo e relendo as palavras de João ponho-me a pensar também nas palavras dos mentores espirituais que me ensinaram a observar os seres humanos, pois nem todos vinham de Deus.
Chegamos a discutir se haveria homens com e sem espírito. Que poderia haver homens que encarnassem formas-pensamento criadas pelos próprios homens e assim não teriam uma continuidade ao morrer. Sim esta seria a diferença entre morrer e desencarnar.
Relendo João vejo que ele afirma que há os que vêm de Deus e os que não vêm de Deus, aqueles que não acreditam na existência do espírito e creem ser o homem um animal que nasce da união do espermatozoide com o óvulo reproduzindo um novo corpo. Psíquicos, creem que o pensamento vem do cérebro e vivem em função do mundo material somente. Formulam teorias e filosofias que obviamente são materialistas, pois Deus não faz parte dos seus planos.
Olhando para fora da janela vejo o mundo dividido entre esses dois grupos, mas olhando mais atentamente vejo aqueles que por não conseguirem ver os disfarces dos lobos em pele de cordeiro, por acreditarem em suas falsas pregações, acabam apoiando suas ideias como se fosse obra do espírito humano.
Não conseguem diferenciar a verdadeira caridade, que é ajudar o próximo a se erguer, do lenitivo para ajuda-lo momentaneamente, mas mantendo-o na sua miséria, na sua dor.
Jesus distribuiu o pão que ele criou e não o tomou do padeiro, Encheu a rede dos apóstolos de peixe, mas não tirou da peixaria, transformou água em vinho, mas não tomou da adega de ninguém.
O verdadeiro cristão dá o peixe na emergência, mas ensina o necessitado a pescar, não cria bolsa-peixaria.
Ao tempo de Jesus havia os Zelotes que roubavam do governo para distribuir aos pobres, mas não seguiam a Jesus, e houve os que deixaram essa prática para seguir os ensinamentos baseados no amor incondicional.
“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Ele nunca disse tomai de Cesar e dai aos pobres.
O Cristianismo propõe a evolução por meio do aprendizado e o Espiritismo Kardeciano advoga essa causa.  
Um governo de uma nação gerenciado por verdadeiros filhos de Deus investe na educação como forma de tirar o povo da miséria. Aquele que governa pautado no materialismo gerencia a miséria a seu favor, para se perpetuar no poder.
Minha janela se alarga e vejo a luz de Deus iluminando o exterior da minha casa onde consigo ver com mais clareza o mundo lá fora.
Vejo mentes dopadas, iludidas em homens que idolatram lobos acreditando em suas palavras e nunca se detêm em observar suas atitudes, seus disfarces, sua verdadeira natureza tão contrária à natureza divina com a qual fomos criados. São surdos à verdade que ressoa por todos os cantos.
“Aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro” (João 4)
Não vi Jesus sacudindo nem gritando nos ouvidos de ninguém; ele pregava o amor a quem o quisesse ouvir e seguir.
Com Ele aprendi, também, a não servir a dois senhores, por isso entendo que o cristianismo e o materialismo caminham em sentidos opostos.
Penso ser impossível a um cristão seguir uma ideologia pautada nos ditames propostos por pseudofilosofias que propugnam o desmonte da família e dos princípios morais.
A doutrina cristã e, também, a espírita, defende a família e propõe o amor como base para a convivência saudável e pacífica entre os homens.
O materialismo propõe a separação, cria inimigos, insufla o ódio, ridiculariza as artes, valoriza o desleixo e é conivente com as drogas, a corrupção e os comportamentos bizarros, tão distantes dos ensinamentos do Mestre.
Não precisa ser nenhum sociólogo, filósofo ou sacerdote para compreender; basta olhar pela janela e ver, ouvir e sentir o que vai no coração, na boca e no comportamento dos homens.
A diferença é nítida, clara e insofismável entre o que propõem as duas correntes e as atitudes de quem defende uma ou outra linha de pensamento.
Sou cristão há dois mil anos e continuarei seguindo o que pregou o Nazareno: “ama o próximo como a ti mesmo, mas presta atenção aos lobos em pele de cordeiros”.

Adilson Maestri

4 comentários:

  1. Gostei, ótima sua colocação, vamos em frente.

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  2. Fantástico , vejo que não estou sozinha nas minhas percepções , só lamento por tudo que vem acontecendo no nosso planeta , na nossa sociedade.
    Eu sei bem de que lado estou , das coisas que realmente importam, que são verdadeiras . Ainda que com parte do mundo não vibrando o amor , eu continuarei acreditando nessa luz divina , que é capaz de transmutar tudo , de acalmar os corações , de curar , essa luz que se chama Deus 🙏

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