sexta-feira, 10 de abril de 2020

A história da vida de Jesus é a história da nossa própria vida.


Quando lembramos que ele nasceu na simplicidade de uma estrebaria, lembramos que nascemos num corpo físico rodeado de nossos pais e de tudo que compõe a natureza. Tudo muito simples para o espírito reencarnante.
O luxo que pode nos cercar é circunstancial e desnecessário.
Crescemos e nos tornamos adultos e conhecemos todas as atribulações que um ser humano precisa se defrontar, situações que precisamos viver para crescer em nossa consciência divina.
Sim, nós viemos à Terra para ampliar a consciência de nossa filiação divina e aprender a amar, consequência obvia de quem compreende que nasceu de Deus, o amor em ação.
Não temos notícia de por onde Jesus andou enquanto crescia, apenas sabemos que encontrou mestres que lhe ensinaram o que ele depois passou a pregar.
Por querer mostrar a realidade da vida humana aos que o rodeavam, sofreu toda ordem de injúrias e dor física. Infelizmente somos rodeados de seres trevosos que subsistem da ignorância alheia (lobos em pele de cordeiro) e ele nos alertou para isso.
Em nossa vida adulta nos defrontamos diariamente com nossa realidade mais íntima e sofremos por nos considerarmos inferiores ao padrão existencial que sonhamos. Sofremos o tormento das exigências do ego.
Não reconhecemos os lobos e damos nossa energia a eles.
Produzimos em nosso próprio corpo físico sintomas e doenças que nos trazem sofrimento, e em muitos casos sofrimento extremo que acabam por nos levar à morte precocemente.
O calvário de Jesus é o nosso calvário individual que precisamos atravessar para podermos compreender e incorporar o sentido da vida, o significado da luz e subirmos ao céu da maturidade espiritual onde as mazelas do cotidiano já não nos atingem mais, por estarmos plenamente conscientes do significado do existir e distinguirmos a luz e a sombra.
Precisamos entender o que ele viveu para compreender nossa própria existência.
A história que não esquecemos e reverenciamos continuamente é a lição que precisamos aprender e, quando entendermos, comemorar o Natal e a Páscoa terá outro significado, o nascimento e renascimento do ser humano na Terra.
Adilson Maestri

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