Há centena de anos vivemos procurando uma forma perfeita para exprimirmos algo que trazemos dentro de nós, mas não encontramos palavras que possam traduzir, de forma cabal, exatamente o que sentimos.
Buscamos figuras de linguagem que possam traduzir o que percebemos em nosso íntimo, mas qual, nada parece expressar exatamente o sentimento.
Não nos damos conta que estamos diante de duas realidades distintas, uma no campo a que chamamos de espiritual ou superior e a outra no plano conhecido como material ou inferior.
A idéia de planos superior e inferior também não corresponde à realidade, uma vez que são apenas planos existenciais em faixas vibratórias diferentes.
No universo, o que está em cima e o que está em baixo é sempre relativo, sempre depende do ponto de vista do observador.
A percepção do que ocorre em cada plano se faz por meio de sensores que diferem em concordância com esses ditos planos. Os sensores do plano material são aqueles dos quais mais nos valemos para desenvolver nossas relações com o mundo material.
Nosso corpo material é dotado de equipamentos desenvolvidos para a percepção das ondas vibratórias da faixa do mundo material. São formados de matérias do seu próprio mundo.
A audição, o tato, o olfato, a visão são percebidos pelo cérebro humano por meio de sistemas sofisticados projetados e desenvolvidos para que o ser humano sinta os impulsos do meio ambiente e dos seus parceiros de experiência humana.
Com esses sensores, o ser humano se comunica e recebe os impulsos de seus parceiros e do meio ambiente.
Entretanto, considerando que o ser humano não é só corpo físico, mesmo quando está encarnado, precisamos considerar outras formas de comunicação humana.
Antes do ser humano rotular-se de homem precisa considerar que a matriz que lhe confere e molda o corpo tem outra origem e pulsa noutro nível vibratório. Hermes, milhares de anos antes de Cristo, já dizia que no universo tudo é vibração.
À matriz humana chamamos de alma ou espírito. Esse espírito é eterno, o que significa que já existia antes do corpo nascer e continuará a existir por todo o sempre e independe do meio em que decida fazer uma experiência de aprimoramento consciencial.
O ser humano é uma consciência eterna e mutante, pois se reconfigura a cada experiência realizada. Todo ser humano é mutante, o que lhe dá a característica de ser único, pois sua configuração depende do tipo de experiência pela qual já passou nos mundos onde viveu.
Essa característica é uma das mais difíceis de aceitação pelos seres humanos com consciência presa ao plano material, uma vez que, aparentemente, todos são muito parecidos externamente, esquecendo de perceber a diferença na maneira como cada um se coloca no mundo, sempre em consonância com sua natureza e momento.
A matriz, ou espírito, também tem seus sensores para se comunicar com o meio circundante e com seus pares. Seus sensores são bem mais sutis e estão localizados nos centros de força com os quais se comunica com o corpo físico.
As sensações experimentadas nesse nível são de natureza diferente daquelas do corpo físico. O corpo físico emite o som da voz, mas a intenção que acompanha o som é emanado dessa outra instância humana, o espírito.
Os sentimentos são gerados no corpo sutil e ao serem expressados fazem com que as glândulas associadas aos chakras secretem na corrente sanguínea sua química correspondente.
Assim, a natureza dos sentimentos influencia diretamente no humor do ser físico bem como em sua saúde.
Impulsos elétricos emitidos sobre o sistema nervoso comandam o funcionamento das glândulas.
Química e sentimentos estão atrelados e fazem parte desse intricado sistema de comunicação do homem em seus níveis existenciais. Assim o corpo etérico – espírito - se faz sentir no mundo físico por meio de impulsos elétricos que geram ações e reações químicas no corpo físico.
Os dois, ou demais níveis existenciais do ser humano – os espíritualistas enumeram em sete - se manifestam em conjunto, sendo cada ação humana fruto da sua manifestação em mais de um plano existencial.
Quando falamos que precisamos escutar nossos sentimentos, estamos falando em cuidar para que nossa manifestação seja sempre coerente com nossos pensamentos e desejos, para que possamos manifestar exatamente nossa verdade.
Trona-se necessário estarmos inteiros em cada ação executada, quer seja em nosso favor, quer seja de outrem ou da humanidade.
Precisamos ter coerência entre o sentir e o fazer para não haver desencontro nas manifestações dos diversos planos existenciais e evitar conflitos e desconforto emocional e físico.
A esse desconforto chamamos de doença.
A essa coerência chamamos de saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário