Estamos
há tanto tempo carregando o peso da culpa que nos foi imposta pelo clero, que
ainda é difícil assumir as responsabilidades que são inerentes ao viver em
sociedade.
Com
nossa educação baseada no binômio culpa/castigo estamos, no alvorecer de uma
nova era, começando a entender o jugo da dominação cristã no mundo ocidental.
A
imprensa ocidental tenta nos convencer que o domínio de outras teocracias é
perigoso para a liberdade humana. Ouvimos muito isso quando falam das agressões
e guerras constantes no oriente médio, com o Estado Islâmico fazendo tremer as
bases das democracias européias.
Esquecem
que o clero cristão demoliu, e quase erradicou por completo, as culturas da
Europa, Américas e África, impondo um modo de entender o Universo sob a ótica
do Deus que julga. Com a arrogância de falar em nome Dele trucidaram tudo que
contrariasse seus interesses de dominação.
Vivemos
no ocidente, após a invasão branca, um período onde a culpa foi aceita como
virtude, pois que a tortura mental de se sentir culpado por nossos erros nos
foi ensinado como forma de expiar nossos pecados. Nesse pacote cristão veio
todo um arsenal de tortura psicológica que incluía, pecado, culpa e expiação.
Graças
a Deus, tudo no mundo se recicla. Os esclarecimentos oriundos dos espíritos por
intermédio dos médiuns e a psicologia vem nos dando ferramentas para nos
libertar desses conceitos que amarraram as mentes durante tantos séculos.
Antoine
de Saint-Exupéry nos ensinou que “somos responsáveis por quem cativamos”.
Pensando, agora, no cativeiro mental que essa clerezia nos impôs - não esquecendo
a inquisição - sou levado a pensar no perdão por seus atos insanos. Até porque,
acreditando na multiplicidade das experiências do ser, sou levado a admitir a
possibilidade da minha participação efetiva nessa insana aventura.
Somos
levados a pensar, sempre, que ficamos no lado dos torturados e nunca dos
torturadores e assim nos eximimos da responsabilidade pelos rumos que a
humanidade vem seguindo neste planeta.
Sim,
responsabilidade, é o conceito do qual precisamos nos apropriar para mudarmos o
rumo dessa história. Quando compreendermos que somos responsáveis não só por nossas
vidas, mas também por quem cativamos, passamos a prestar mais atenção em nossos
atos, por sabermos que eles podem repercutir no destino de nossos companheiros
de viagem.
Cativar
é prender, é envolver o outro em nossas teias emocionais. Então é preciso
aprender a libertar.
Precisamos
atentar para o fato de que o amor só existe em liberdade.
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