quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Sobre a Vontade
Vontade é a força psíquica que move o ser humano e põe em função as definições da inteligência para a defesa e superação do indivíduo.
A falta de vontade anula essas possibilidades e lança o ser humano no estado de indiferença e na inércia, faz fracassar a inteligência e chega a desfigurar a sensibilidade, porque o coloca refém das tentativas e contingências que o espreitam.
Os movimentos da vontade são impulsionados por dois fatores: necessidade e estímulo.
A necessidade atua sobre a vontade, determinando movimentos quase automáticos que forçam o ser humano a realizar até as coisas que não gostaria de fazer espontaneamente.
O estímulo age também sobre a vontade ativando a inteligência e o sentimento.
A vontade se excita e adquire força quando o estímulo intervém.
Quando o ser humano não vê perspectivas em seu futuro a vontade, carente de estímulos perde seu vigor e fica por conta do acaso.
Conhecida a causa determinante da falta de vontade torna-se necessário eliminar essa causa. Se ante a perspectiva de fazer uma viagem sentimos prazer em arrumar as malas, com maior razão devemos abastecer nossa vontade com estímulos capazes de preencher integralmente as necessidades do nosso viver cotidiano.
O estímulo aflora do propósito e sustenta o entusiasmo que é necessário manter durante o prosseguimento da execução de um projeto existencial. Entretanto é necessário que o entusiasmo originado por uma esperança não seja inflado por excessos de ilusão.
Podemos começar por pequenas esperanças enquanto nos capacitamos para semear de estímulos nossos projetos de vida.
Se temos visto, em muitas circunstâncias da vida, que a vontade opera por pressão da necessidade, por que não exercitá-la por meio de incentivos que a obriguem a servir-nos com eficiência?
Assim agindo, por um lado ficaremos felizes em saber que temos essa capacidade, e, por outro, a satisfação quando colhermos os frutos de nossa semeadura.
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