segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Sobre a Paciência


A paciência é a mãe de todas as virtudes.
Trabalhar em prol da paciência em nós é um caminho que nos assegura uma vida mais saudável e satisfatória, pois essa virtude nos coloca numa posição muito confortável diante dos outros. Na paciência ganhamos tempo, clareza, serenidade e, por consequência, saúde mental e física.
Aprender a não ter pressa em elaborar julgamentos e, dessa maneira reagir com mais prudência, possibilita-nos  sair dos embates diários com menos desgaste energético. Além disso, com a possibilidade de manter os laços de amizade e confiança inalterados.
A pressa em resolver, com base em julgamentos superficiais, nos leva quase sempre a agir por impulso e não com sabedoria.
Agir com cautela significa dar tempo para que nosso consciente processe as informações disponíveis em várias faixas vibratórias.
Quanto mais apostamos nessa experiência, mais o banco de dados de que dispomos se torna mais acessível. Com um amplo espectro de possibilidades, temos mais possibilidades de agir acertadamente e tudo começa com um pouco mais de paciência conosco mesmos.
A falta de paciência é um dos males psicológicos mais generalizados na atualidade.
Em épocas anteriores, a vida humana corria sem a pressa, as preocupações e as exigências do presente. Os trabalhos rurais, o artesanato e as próprias funções de estado, desempenhavam-se sem a pressão do tempo. O relógio, tortura do mundo atual, não inquietava o homem, cuja existência se desenvolvia sem as demandas da urgência.
Os progressos técnicos que depois sobrevieram, os conflitos trabalhistas, o declínio da moral e, finalmente, a luta pela existência, deram origem às inúmeras complicações que gora perturbam a vida.
Com o crescente desenvolvimento material, cujos avanços estimulantes nos surpreendem a cada dia, aumentaram, também, é inegável, as dificuldades e problemas que enfrentamos hoje, os quais ao excitarem o ânimo do homem, o fazem cair, irremediavelmente, na impaciência.
Em tal estado, qualquer demora ou inconveniente vinculado à preocupações, ou responsabilidades, fazem explodir o indivíduo que a ninguém perdoa, menos ainda ao causador do dano – verdadeiro ou suposto – a quem atribui, naturalmente, tudo o que poderia advir em prejuízo de sua pessoa ou de seu interesse.
Inegavelmente, justifica-se que a impaciência se tenha convertido numa deficiência generalizada, que fustiga o perturba o sistema nervoso do homem.
A impaciência adquire, frequentemente, caráter de obsessão. Quando atinge a tal extremo, qualquer espera por curta que seja, assume perfis de tragédia.
O impaciente é escravo do tempo, desse tempo fantasmagórico que nada tem a ver com o autêntico, que tão a miúdo o homem dissipa em banalidades por desconhecer seu valor real.
A paciência é uma das virtudes mais valiosas e também mais difíceis de alcançar. Entretanto alcançá-la não é impossível seguindo-se rigorosamente o processo da compreensão, adestramento e realização que a colocará ao alcance.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Fim de Ano

Chegamos ao final de 2013, sim dois mil e treze.
Quando na década de sessenta do século passado assistimos ao filme 2001 – Uma Odisseia no Espaço , de Stanley Kubrick, ficamos extasiados com as imagens por ele criadas para o romance de Arthur C. Clarke, que profetizava o nascer de um novo homem.
A ideia do surgimento de um novo homem ainda era muito restrita aos meios esotéricos. As pessoas, em geral, não tinham uma ideia formada a respeito do que pudesse ser um homem diferente daqueles com os quais estávamos habituados a conviver. Alguém que nasce, é educado, cresce e faz aquilo para o qual foi educado e morre.
Não tínhamos uma ideia do que poderia ser nascer, ser educado e se reeducar para viver uma vida diferente daquela sonhada pelos nossos ancestrais.
Essa possibilidade não era vista como algo normal.
Na década de oitenta foi que começamos - nós as pessoas comuns – a ter informações que vinham de outro plano existencial e que davam conta da possibilidade de sermos alguém diferente.
Mas esse diferente, também não era muito claro o que poderia ser.
Lógico que o assunto não era novo na Terra, que lá por volta do ano 80 do calendário juliano, já um certo Galileu divulgava uma doutrina baseada no amor e na mudança de paradigmas que esse sentimento poderia causar no coração dos homens, o que também não era novidade na Terra, pois os egípcios e antes deles os sumérios já falavam algo muito próximo.
Pois bem, esse tema da mudança sempre foi divulgado e debatido em ambientes fechados, mas a partir dos discursos do Galileu, começou a ganhar as massas de todo o planeta.
Na ideia dos homens comuns era uma mudança considerando que o homem nasce perfeito e que vai se desgastando aos poucos. Uma ideia meio louca uma vez que homem já nasce perfeito por ter sido criado à imagem de Deus e vai se descobrindo com o passar dos anos e assim se tornando autoconsciente de sua natureza divina e de seu poder e era justo assim que dizia o Galileu.
Clarke nos lembrava que o homem já havia sido algo próximo de um símio, passava por uma fase consciente de seu poder e dizia que o homem viria a se tornar em algo novo que ele, evidentemente, não poderia descrever.
Agora estamos vivendo o futuro vislumbrado por Clarke, e o que vemos?
Tecnologicamente algo que jamais poderíamos supor: memória nas nuvens, a informação de nível global em tempo real, avanço na medicina, na ciência do comportamento e em todas as áreas do conhecimento humano, áreas que nem supúnhamos existir.
E o novo homem?
O filme terminava com um bebê chegando à Terra. 
Se Clarke profetizou, então esse novo homem está adolescendo. 
Mas como reconhecê-lo?
O avanço tecnológico confunde a nossa mente e não percebemos que se ele existe é porque o homem deu um salto no conhecimento da matéria e na diversidade de usos que ela nos proporciona. Estamos imersos num mar tecnológico e usufruindo das facilidades que dele advém. Precisamos ficar atentos a outro avanço da inteligência humana, o conhecimento dos níveis mais sutis da matéria.
Esse avanço no conhecimento dos níveis mais etéreos é que estão fazendo a diferença na consciência e fazendo aparecer o novo homem.
Nos meios científicos as nanopartículas, invisíveis e impensáveis no século passado, fazem a diferença na medicina alopática; as dinamizações, libertando a energia medicamentosa das substâncias, tem proporcionado a disseminação de medicamentos que atuam nos níveis mais sutis do ser humano.
Por outro lado, a psicologia transpessoal que surgiu na década de sessenta junto aos movimentos new age nos EUA pelo pensamento de Maslow, a qual dizia que o ser humano necessitava transcender sua psique -conectando-se a outras realidades procurando pela verdade - de forma a entender sua existência e ajudar a si próprio, vem ganhando consideração dentro da filosofia espiritualista por ter sintonia com os ditames do Galileu.
Nós que vemos a vida por esse viés espiritual nos apropriamos do que há de mais avançado no conhecimento humano, para viver mais intensamente essa oportunidade que temos de estar aqui e agora.
É fim de ano, mais um ciclo de trabalho e vida e, por conseguinte reflexão do que já fizemos, de onde chegamos e para onde queremos ir.
Um ano de muito trabalho de mudanças estruturais motivadas por nosso desejo de crescer.
Como nos ensina a filosofia que abraçamos e professamos, o mundo tem níveis existenciais, portanto não há perdas e sim recomposição no time que compartilha conosco desse plano existencial, a qualquer momento podemos passar a laborar noutro, assim como constantemente somos apresentados pelo Universo a novos parceiros existenciais.
Que tenhamos – todos - um Natal abençoado em comunhão com nossos parentes, amigos e ideais humanistas de crescimento constante e um ano de 2014 próspero material e espiritualmente, com os seres humanos se amando mais e mais e assim fazendo a profecia se cumprir.
Que haja paz na Terra entre todos em todos os níveis existenciais e que o novo homem seja finalmente reconhecido.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Vem chegando o verão


Avizinha-se o verão e com ele virão as férias, as festas de confraternização, o Natal e também o calor, essa maravilhosa estação do ano em que todos decidem sair do casulo para se colocarem ao sol.
O ciclo - essa maravilha do Universo - nos permite ter a certeza que nada está estagnado, tudo está em movimento e se repete.
Vem o dia e vem a noite, vem o frio e vem o calor, vem a vida e vem a morte. Tudo tem começo meio e fim. Assim podemos aprender a contemplar a passagem do tempo como uma dádiva que nos possibilita recomeçar tudo a cada instante. Quando estamos vivendo uma crise causada por uma doença ou separação, entramos no torpor e acreditamos estar sós no mundo. Vem a tristeza, a solidão, o medo de morrer, o medo do dia seguinte.
Nessas horas pedir socorro, nos ajuda a perceber o ciclo. Às vezes é necessário ir ao fundo do poço para percebermos a abertura e a luz que ilumina o lado de fora do buraco em que nos metemos.
Momento de reflexão e refazimento de contas, planos, contatos, ligações aparentemente perdidas, mas que sempre estiveram ali, ao nosso alcance, mas que, pelo obscurecimento da visão, deixamos de perceber.
Nunca estamos sós, mesmo quando distante de tudo aquilo que entendemos como nosso mundo, aquele mundo particular de nossas relações íntimas ou próximas.
Voltar à vida é reintegração ao processo de amadurecimento a que nos propusemos quando aqui chegamos, é acreditar que a vida pode e deve dar certo, que não pode ser bloqueada, estancada, paralisada por interesses diversos ao do criador.
Quando obscurecemos uma vida, entramos na contramão do fluxo do Universo, do ciclo vital que nasce no amor de Deus e para ele retorna após o cumprimento de uma etapa existencial.
Não podemos, assim, entregarmo-nos ao desânimo, à paralisia intelectual, emocional ou espiritual por preguiça, acomodação, desânimo ou desamor. Precisamos estar orando e vigiando, como nos ensinou o Nazareno, atentos às ondas que são propagadas por mentes brilhantes ou insanas, que são emitidas com intenção de nos estimular aos ciclos vitais renovadores e integrativos ou à inoperância, fadiga e estagnação.
Estamos entrando no período da regeneração humana como numa nova estação que promete luz e calor, vitalidade e integração, paz e harmonia para a toda a humanidade. Precisamos estar vigilantes para embarcarmos neste movimento, nesta onda.

sábado, 31 de agosto de 2013

Das Alegrias e Paixões

                                                                                         Friedrich Nietzsche

Irmão, quando possuis uma virtude e essa virtude é tua, não a tens em comum com pessoa nenhuma.
A falar verdade, tu queres chamá-la pelo seu nome e acariciá-la; queres puxar-lhe a orelha e divertir-te com ela.
E já vês! Tens agora o seu nome em comum com o povo, e tornaste-te povo e rebanho com a tua virtude!
Farias melhor dizendo: “Coisa inexprimível e sem nome é o que constitui o tormento e a doçura da minha alma, e o que é também a fome das minhas entranhas”.
Seja a tua virtude demasiado alta para a familiaridade de denominações; e se necessitas falar dela não te envergonhes de balbuciar.
Fala e balbucia assim: “Este é o meu bem, o que amo; só assim me agrada inteiramente; só assim é que quero bem”!
Não o quero como mandamento de um Deus, nem como uma lei e uma necessidade humana; não há de ser para mim um guia de terras superiores e paraísos.
O que eu amo é uma virtude terrena, que se não relaciona com a sabedoria e o sentir comum.
Este pássaro, porém, construiu o seu ninho em mim; por isso lhe quero e o estreito ao coração. Agora incuba em mim os seus dourados ovos.
É assim que deves balbuciar e elogiar a tua virtude.
Dantes tinhas paixões e chamava-lhes males. Agora, porém, só tens as tuas virtudes: nasceram das tuas paixões.
Puseste nessas paixões o teu objetivo mais elevado; então passaram a ser tuas virtudes e alegrias.
Fostes da raça dos coléricos, ou dos voluptuosos ou dos fanáticos, ou dos vingativos, todas as tuas paixões acabaram por se mudar em virtudes, todos os teus demônios em anjos.
Dantes tinhas no teu antro, cães selvagens, mas acabaram por se converter em pássaros e aves canoras.
Com os teus venenos preparaste o teu bálsamo; ordenhaste a tua vaca de tribulação e agora bebes o saboroso leite dos seus úberes.
E nenhum mal nasce em ti, a não ser aquele que brota da luta das tuas virtudes.
Irmão, quando gozas de boa sorte tens uma virtude, e nada mais; assim passas mais ligeiro a ponte. É uma distinção ter muitas virtudes, mas é sorte bem dura; e não são poucos os que se têm ido matar ao deserto por estarem fartos de ser combatente e campo de batalha de virtudes.
Irmão, a guerra e as batalhas são males? Pois são males necessários; a inveja, a desconfiança e a calúnia são necessárias entre as tuas virtudes.
Repara como cada uma das virtudes deseja o mais alto que há: quer todo o teu espírito para seu arauto, quer a tua força toda na cólera, no ódio e no amor.
Cada virtude é ciosa das outras virtudes, e os ciúmes são uma coisa terrível. Também há virtudes que podem morrer por ciúmes.
O que anda em redor da chama dos ciúmes, acaba qual escorpião, por voltar contra si mesmo o aguilhão envenenado.
Ai, meu irmão! Nunca viste uma virtude caluniar-se e aniquilar-se a si mesma?
O homem precisa ser superado. Por isso necessitas amar as tuas virtudes, porque por elas morrerás.
Assim falava Zaratustra!



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Curando pela fé

Afinal de contas o que é a fé? Que poder ela tem?
Jesus já nos ensinava que se tivéssemos fé moveríamos montanhas, que as curas à sua volta não se davam pelo seu poder pessoal, mas pela fé das pessoas.
Fé não é esperança, fé é certeza.
Na esperança acreditamos que alguém irá fazer algo por nós, sejam homens, anjos, santos ou deuses.
Acreditar que o universo conhece nossa situação miserável e que por caridade alguém nos olhará com piedade e nos tirará do buraco em que nos encontramos é uma atitude pouco humilde.
Não somos o centro do Universo, todos à nossa volta estão ocupados em suas lides diárias, cuidando de suas vidas, então precisamos, nós, também, cuidar da nossa.
Se precisamos de ajuda, temos que dizer a alguém, ao mundo, ao Universo que não conseguimos dar conta de nossas necessidades.
Ficar parado com o olhar de pedinte à espera que alguém nos perceba, pode demandar tempo demais, sofrimento demais e desnecessário.
A fé pressupõe o comportamento ditado pela disposição interior em favor de uma mudança, de uma transformação. A fé não aguarda passivamente o mundo se mover em nossa direção, mas o movimento inverso, nós em direção do mundo, dizendo mais do que queremos, mais do que somos.
Na fé estamos dizendo ao Universo quem somos: filhos de Deus, perfeitos em essência, mas ainda nos descobrindo, construindo nossa consciência e nossa identidade.
Na fé não pedimos, mas assumimos nosso desejo de ser o que quisermos, assumimos nossa natureza humana em constante mutação.
Quando entendemos esse processo, a cura é só consequência, pois no processo transformador de vir a ser estaremos sempre melhorando todos os nossos atributos espirituais, aprimorando todas as faces do nosso caráter.
A cura é a resposta que damos a nós mesmos que entendemos o que estávamos precisando naqueles momentos de sofreguidão, dor e desespero.
O que era aquela ansiedade?
O que a dor estava nos dizendo?
Que alguma dor emocional não estava sendo atendida, que alguns cuidados com o corpo não estavam sendo observados.
A dor é um grito de socorro da alma que veio ao mundo para ser feliz.
Portanto a fé não pode ser crer no sobrenatural, no milagre, mas no entrosamento perfeito entre a consciência e a sabedoria do espírito, o deixar acontecer no plano material os ideais que nos trouxeram aqui.
Quando estamos no caminho da realização dos ideais do espírito, estamos em harmonia com o Cosmos e a felicidade é nosso estado natural.
Na desarmonia, adoecemos. Então o retorno passa pela consciência da necessidade da harmonia.
A cura é questão de consciência e não de favores e a essa consciência de quem somos e o poder que ela nos traz chamamos de fé.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Química e Emoção


Quando pensamos, o cérebro produz substâncias que atuam nos sentimentos. Por exemplo, quando vemos a pessoa amada, essa sensação incrível que percorre nosso corpo é uma substância química.
Quando nos excitamos sexualmente, nosso seu corpo é levado a liberar outra substância química e quando alguém nos agride, e vem a vontade de reagir e “arrebentar esse miserável”, essa ira que sentimos, esse ácido corrosivo que ingressa no sistema circulatório, essa sensação, é outra substância enviada pelo cérebro.
As emoções que movem os relacionamentos têm o poder de provocar uma revolução química no corpo. Não é à toa que a simples proximidade do ser amado, ou a lembrança de sua existência, proporciona um estado de euforia que faz a pupila dilatar e o coração pulsar com mais velocidade.
Nesse momento, são liberados na corrente sanguínea, altas doses de endorfina e serotonina, neurotransmissores que alteram o ritmo corporal e psíquico e estimulam as sensações de prazer e bem-estar.
A pressão arterial aumenta, a respiração fica acelerada, o humor melhora, a felicidade exala e, graças aos feromônios, o desejo sexual se manifesta.
Neuropeptídios, assim são chamadas essas substâncias produzidas pelo cérebro. Os biólogos levaram muito tempo pesquisando esta área da ciência e descobrindo que quando temos um pensamento, o cérebro produz substâncias que nos afetam, e o que sentimos é produzido pela assimilação dessas substâncias.
As células do sistema imunológico assimilam diversas substâncias e entre elas os neuropeptídios. Portanto, o que pensamos regula nosso sistema imunológico.
Somos responsáveis por nossos sentimentos. As palavras nos afetam mais do que armas. Numa visão ampliada podemos dizer que uma ofensa pode nos levar a óbito, porque deprime nosso sistema imunológico.
O sistema imunológico fica algum tempo escutando nossas conversas internas, raivas, mágoas e também o amor que nos negamos, enquanto nenhuma célula ou órgão reage concretamente a estas pragas danosas que vão se acumulando no organismo.
O sistema imunológico não só escuta, mas reage de acordo com nossos pensamentos quando mudamos nosso padrão vibratório. As células que defendem nosso organismo também têm pontos receptores para as substâncias que produzimos no cérebro com cada pensamento.
A resposta do sistema imunológico, portanto, está condicionada ao que pensamos.
Tudo o que fazemos ou deixamos que nos façam, tem consequências físicas.
O amor é capaz de curar qualquer dor ou mal-estar. Trata-se de um poderoso afrodisíaco e um antídoto contra doenças, especialmente aquelas de origem psicossomática.


Colhido do livro Common Sense Health and Healing de Richard Schulze

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Os 10 Equívocos Metafísicos Mais Comuns


Quando começamos a percorrer o caminho espiritual, procuramos a perfeição em nossas vidas. Tratamos de melhorar o nosso caráter, costumes, ideias, alimentação, e até a vida social. Às vezes, fazemos sacrifícios com a finalidade de alcançar uma vida mais plena e feliz; no entanto, muitas vezes não chegamos ao estado de êxtase ou plenitude que desejamos. A decepção pode levar-nos a rejeitar a disciplina que tínhamos empreendido, ou no pior dos casos, pode desmoralizar-nos até o ponto de pensar que “Deus se esqueceu de nós”. Qualquer que seja a reação, ela está só nos mostrando que cometemos um equívoco e um erro pode ser corrigido. O Universo funciona como um grande computador: é preciso saber tocar nas teclas adequadas para obter o que se deseja. Quando não o estamos fazendo, o computador detém-se, espera fria e silenciosamente o sinal elétrico correto. O Universo tem suas “teclas” e a Metafísica ensina-nos quais são. Algumas escolas esotéricas adulteram estes ensinos, talvez sem nenhuma má intenção, o que leva muitas pessoas a cometerem equívocos e a frustrarem-se nas suas expectativas. Alguns dos erros mais comuns são os seguintes:


1) ENVOLVER-SE NUMA BOLHA DE PROTEÇÃO, OU NUMA LUZ, OU NUMA COR, OU EM ANJOS, OU EM QUALQUER OUTRA FORMA QUE PROTEJA DOS PERIGOS QUE EXISTEM FORA

A única coisa que logra este tipo de exercício é fomentar a idéia de que algo externo pode ter mais poder que nós. A nossa mente percebe que há algo ali fora que pode, por exemplo, machucar-nos ou fazer-nos mal. Mas, segundo os ensinamentos espirituais, TUDO É DEUS; portanto, nada pode fazer-nos mal. Na realidade, deveria praticar-se algum tipo de exercício de reconhecimento da segurança pessoal. Este exercício poderia dizer: “Vá onde for, estou sempre a salvo, estou rodeado de irmãos, vivo no mundo que Deus criou e só vejo amor em todo lado”. Em síntese, ao escolher que exercício mental ou meditação fazer, deveremos procurar aquele que nos lembre a natureza divina da vida e não o perigo que percebe o nosso ego. Muitas pessoas crêem que repetindo certas afirmações podem transformar a sua situação pessoal, o que é um erro. Não são os pensamentos que determinam a nossa realidade senão as nossas “crenças”. Somente os pensamentos que internalizamos e tomamos como a nossa verdade são os que se manifestam. Dito de outra maneira, aquilo que “sentimos” internamente que é assim, é o que toma forma no mundo externo. A mente humana produz uma média por pessoa de 60 mil pensamentos diários, a maioria dos quais são negativos. As afirmações são necessárias para lograr implantar uma crença nova na nossa mente subconsciente e a repetição destas afirmações é um procedimento adequado, mas até adicionarmos a emoção ou sensação que acompanha essa ideia, não a internalizamos como uma verdade dentro de nós. A repetição de palavras carentes de emoção não é efetiva. Portanto, se eu repetir “Vá onde for, estou sempre a salvo”, mas não me sinto realmente seguro, de nada me servirá. É necessário selecionar exercícios mentais, meditações ou visualizações que fomentem as crenças de paz, harmonia e prosperidade.


2) ENVIAR LUZ AOS OUTROS PARA QUE MELHOREM

Pode enviar-se luz ou energia a outras pessoas para que se curem de certa doença, para que melhorem sua situação econômica, a sua vida afetiva, e demais. A maioria destes exercícios são mais parecidos com uma forma de manipulação do que com uma verdadeira ajuda espiritual. Primeiro e principal: se for ajudar a outro, é preciso ter certeza de que a pessoa o peça e o necessite. Se isto não acontece, temos que trabalhar com o que estamos percebendo, porque o problema é algo pessoal que diz respeito a nós próprios e não à pessoa que está sofrendo. A maioria dos problemas são apenas momentos de prova que está vivendo um indivíduo; são necessários e muito úteis para o “despertar da sua consciência”. Nunca sabemos na realidade quão importante pode ser para cada pessoa a situação que está enfrentando em determinado momento. Podemos perceber essa situação como algo terrível, doloroso, injusto ou desnecessário, mas qualquer que seja a nossa interpretação, nunca será correta nem completa. Enviar luz à pessoa poderia acelerar ou entorpecer o seu ritmo pessoal. Nossa intervenção é desnecessária e a maior parte das vezes, não é mais do que um desejo egoísta de que a pessoa resolva rápido o seu problema porque este nos produz angústia ou dor. Em lugar de enviar luz aos outros cada vez que passar uma situação difícil, começe por enviar luz a si mesmo para que seu Mestre Interior lhe faça ver a Verdade que está atuando na situação.


3) CRER QUE VAMOS EM DIREÇÃO A DEUS, QUE EVOLUÍMOS ESPIRITUALMENTE

Não vamos em direção a Deus, JÁ ESTAMOS EM DEUS. Tudo o que nos rodeia forma parte do grande corpo universal de Deus. Não evoluímos espiritualmente. O nosso Espírito é Perfeito e Completo; não pode nem tem de evoluir. Na realidade, é um problema semântico, já que a evolução espiritual não existe. O que queremos deixar perceber com isso é o despertar da nossa consciência para essa perfeição e quanto mais rápido o fazemos, mais plenos e felizes viveremos. Talvez o erro provenha dos ensinamentos religiosos que nos dizem que Deus está “no céu”, como se nós estivéssemos separados d´Ele. Nós e o “céu” somos UM, e devemos aprender a reconhecê-lo e a vivê-lo; nisso consiste a nossa Evolução de Consciência ou Despertar Espiritual.


4. ANGUSTIAR-SE OU PREOCUPAR-SE QUANDO HÁ UM FAMILIAR DOENTE OU ATRAVESSANDO ALGUM TIPO DE CRISE

Na nossa cultura está bem visto que uma pessoa se aflija ou sofra ao mesmo tempo que os seus seres queridos; no entanto, isso só aumenta o pesar. E interpretarmos o nosso pesar desde outro ponto de vista significa que acreditamos mais no poder da doença ou a crise do que na solução. Quando uma pessoa se aflige pela doença de um ser querido, agrava essa doença, dá-lhe mais força e poder. A solução é fazer um esforço pessoal e reconhecer que, para além do nosso entendimento, há uma Inteligência Superior que está agindo e que tem o poder de restaurar completamente o nosso ser querido, se assim o deseja a pessoa. O mesmo acontece com qualquer tipo de problema ou crise. Se nos afligimos, é porque o nosso ego aceitou que há uma força mais potente do que o Poder Divino.


5. ACREDITAR QUE ALGUÉM FOI “ESCOLHIDO” POR DEUS

Muitas pessoas que estudam em escolas esotéricas sentem-se especiais e evoluídas. Sentem que Deus os levou ao lugar adequado para o seu crescimento e evolução; que a informação que vai receber é muito importante e não pode repassar às pessoas que não estão tão evoluídas, porque essas não têm a capacidade para entendê-la ou para lhe dar um bom uso. Esta presunção converte-se em uma forma de arrogância nada espiritual, que nos faz pensar que somos privilegiados, especiais, eleitos, e que os outros estão desencaminhados ou perdidos na vida. Esta forma de arrogância também se vê nas religiões que se sentem proprietárias de Deus. Se alguém não segue o seu culto, está perdido. No Universo existe um só Deus e é o mesmo para Todos. Os humanos inventam diferentes maneiras de lhe render culto, criam dogmas e doutrinas, mas, em essência, todos adoramos o mesmo Deus. Todos somos iguais ante os olhos de Deus. Para Ele, ninguém está mais à frente nem mais atrás. Ninguém vale mais nem menos. Qualquer interpretação e classificação como ser especial corresponde ao terreno do ego humano e não ao terreno do divino.


6. SACRIFICAR-SE POR OUTROS

Não há nada mais inútil e insatisfatório que sacrificar-se pelos outros. As tarefas que se fizer pelos outros deverão ser feitas com amor ou, caso contrário, evitar-se. Tudo o que se faz com amor é prazeroso; portanto, não pesa nem incomoda. Ao contrário, tudo o que se faz com sacrifício gera pressão interna, rancor, aborrecimento, incômodo e, as vezes, até ódio.
O sacrifício pelos outros está aprovado socialmente e está muito bem conceituado. Alguém pode sacrificar-se, por exemplo, pelos filhos, pelos pais, pelo companheiro, pela profissão, pelas crianças desamparadas, por alguém doente, pela instituição religiosa à qual pertence, pela empresa que lhe dá trabalho. A lista poderia ser interminável e nada mais é do que uma amostra da ação errônea do nosso ego. O sacrifício vai junto com a manipulação. Por exemplo, uma mãe que deixou a sua vida de lado pelos seus filhos, cedo ou tarde, usará a sua atitude como válida para exigir algo deles; o namorado ou namorada que muda a sua rotina e deixa de fazer certas atividades pelo outro tratará depois de exigir o mesmo.
A próxima vez que você se sacrificar por alguém, procure saber primeiro se esse alguém lhe pediu. A atitude de mártir não leva em direção a Deus como muitos crêem, só o caminho do amor. Faça as coisas com amor ou então não faça nada.

 
7. DEPENDER DE AMULETOS, SANTINHOS, CRISTAIS, VELAS, IMAGENS, OU QUALQUER OUTRO TIPO DE ELEMENTO

É certo que os materiais têm a sua própria energia e que o contato com eles (especialmente, com certos cristais de quartzo) produz mudanças na nossa vibração pessoal e podem ajudar-nos no processo curativo. Também é certo que algumas figuras, imagens e cores produzem reações psicológicas que nos estimulam; às vezes para o bem, outras para o mal. Os santinhos e outros objetos, tais como correntes com cruzes, estrelas de David e demais, lembram-nos nossas posturas espirituais. O problema é que a maioria destes elementos se converte em amuletos e damos-lhes mais poder do que na realidade eles têm. Há pessoas que se sentem indefesas sem a sua cruz, o seu santinho protetor, o seu cristal preferido ou qualquer outro amuleto da sua preferência. O amuleto passa a ser Deus. Viver dependente de um objeto é limitar a divindade a esse objeto. Deus é Onipresente: está aqui, ali e em todo lado. O pior acontece quando uma pessoa extravia o seu amuleto ou este se parte. A maior parte das vezes isto interpreta-se como um presságio de que algo mau vai acontecer. Essa ideia é produto de crer que a pessoa se encontra sem a sua proteção e que, em consequência, os demônios e as energias negativas podem afetá-la. Vivemos num Universo Mental. “Tudo no que Acreditamos faz-se Realidade”. Porque não acreditamos então que o melhor amuleto do que dispomos é a nossa Natureza Divina? Ninguém nem nada pode despojar-nos do que somos realmente.
 

8. ACREDITAR QUE ALGUÉM PODE GUIAR OS OUTROS OU QUE PODE SER GUIADO

Sentir que graças a alguém outras pessoas se iluminam ou, pelo contrário, que a presença de outros nos devolve a luz é pura ilusão do ego. O verdadeiro Mestre é Interno, é a sua Intuição, a Voz do seu Espírito. Muitas vezes essa voz coincidirá com aquilo que você escuta fora e pensará que alguém está lhe guiando. Mas, assim que você aceitar alguém como o seu ídolo, começará a fabricar a sua própria decepção. Acontece a mesma coisa se alguém lhe entronizou e lhe tomou como líder; em algum momento os problemas da sua vida pessoal o decepcionarão. Todos aprendemos e ensinamos ao mesmo tempo. Por tal motivo, é conveniente manter uma atitude receptiva com os sinais que recebemos do nosso ambiente e ver que ressonância produz no nosso interior. Você não é o salvador nem o Mestre de ninguém. Nenhuma vida depende dos seus conhecimentos nem dos seus esforços. Isto é certo também ao contrário. Ninguém lhe resgatará nem o salvará, exceto você mesmo. O melhor Mestre com que contamos está dentro de Nós. Fala-nos com voz suave e paciente, sem nos obrigar a nada; indica-nos sempre o caminho mais curto e mais feliz, dá-nos a idéia mais adequada e a resposta que racionalmente não podemos encontrar.
Por isso, é conveniente praticar meditação e exercícios de relaxamento para poder escutar essa voz. Se você vive depressa, tenso, angustiado e com um ritmo acelerado, provavelmente não ouvirá a “voz da sua intuição” e procurará guias externos. Há pessoas que são muito positivas e estimulantes, e poderão ajudá-lo no início. Evite idolatrá-las e evite também ser idolatrado. Lembre sempre que o “Mestre mais válido e acertado está sempre dentro de você”.
 

9. CRER QUE OS MESTRES ESPIRITUAIS SÃO AQUELES QUE NOS PROVÊEM DA INFORMAÇÃO TEÓRICA

Tendemos a cair muito facilmente na crença de que as pessoas que nos ensinam estão à frente e que já ultrapassaram muitas provas na sua vida. Em alguns casos, isto é totalmente certo; em outros, não. O fato de que uma pessoa transmita uma determinada informação não a coloca num grau superior. Deves lembrar que qualquer forma de idealização ou selectividade corresponde ao terreno do ego.
Os verdadeiros mestres espirituais são aqueles que nos põem à prova e vêm “mascarados” de filhos, pais, patrões, amigos, inimigos, animais, plantas e demais. São aqueles que nos trazem problemas. Eles são os que realmente nos ensinam as lições que temos que aprender porque nos põem à prova. Todas as religiões do mundo ensinam que Deus é Amor, que viver com Deus significa expressar Amor aos outros. Algumas pessoas assistem a templos, igrejas, ou escolas esotéricas, onde recebem esta informação, mas depois vão às suas casas e brigam com os seus familiares, criticam os seus vizinhos, odeiam os seus patrões, os políticos, os animais, indivíduos de outras raças ou culturas. Eles ainda não aprenderam a lição e a vida os levará a se enfrentarem uma e outra vez com a mesma situação ou pessoa... até que aprendam a mostrar amor. Fazendo uma comparação com o ensino tradicional, os líderes espirituais ou religiosos são os “livros” que nos dão a informação; as pessoas que nos trazem problemas são os mestres que “nos fazem o exame” para ver se passamos a prova ou não.
Existe uma Lei no Universo: Tudo o que nos incomoda, complica, enreda, ou tudo o que odiamos, “contagia-nos”. Isto acontece até que aprendemos a amar a situação. Então, esse problema ou essa pessoa se convertem no mestre espiritual desse momento.


10. CRER QUE ALGUÉM NÃO PODE ABORRECER-SE, TEMER, OU SENTIR QUALQUER OUTRA EMOÇÃO NEGATIVA POR ESTAR NO CAMINHO ESPIRITUAL

Esta crença leva-nos a uma grande repressão da ira e dos aborrecimentos, que fazem a sua reaparição mais tarde sob a forma de rancor, crítica ou repúdio. Enquanto estamos no plano terrestre, vivemos as sensações e as emoções deste plano. Algumas delas são muito agradáveis, outras não. Ter um conhecimento intelectual acerca da ação destrutiva de certas emoções não as faz desaparecer. Alguém pode saber quão mau é o aborrecimento e, no entanto, não consegue evitar aborrecer-se. Na realidade, sim consegue evitar aborrecer-se, ou assustar- se ou angustiar-se, mas isso exige treino.
Durante dito treino, há momentos nos quais podemos dominar a raiva e a ansiedade, e outros nos quais nada pode nos acalmar. Uma vez que aparece o aborrecimento, o melhor é descarregá-lo da maneira mais positiva possível. É muito pior reprimir-se e intentar dizer: “Tudo está bem no meu mundo”, quando internamente está a sentir o desejo primitivo de querer atacar alguém.
A maioria das pessoas que transitam o terreno espiritual é muito exigente consigo própria e pretende erradicar completamente da sua vida este tipo de reações. Isto não resulta desacertado, mas se logra através de um processo. Sê amável contigo próprio e, de vez em quando, dá-te a permissão necessária para maldizer, bater numa almofada, gritar, chorar e expressar, como melhor te resultar, todas as emoções negativas que te toca viver.
A maioria dos equívocos aqui enunciados está gerada pela atitude crítica do nosso próprio ego. O ego não pode desaparecer porque o necessitamos para atuar neste plano. A “solução” é alinhá-lo com o nosso Espírito. Amavelmente, podemos dizer ao ego que: “A partir de agora, deverá seguir as indicações de um novo Mestre amoroso, amável, paciente e permanente, que nunca julga e que sabe que sempre estamos dando nosso melhor”. Se seguirmos as indicações do nosso Mestre Interior, nunca falharemos.

Autor desconhecido



domingo, 5 de maio de 2013

Joio e Trigo




Há milênios o homem morava em cavernas, tinha pouca consciência de seu papel sobre a Terra. Era simples, rude, pouco mais que um animal selvagem, mas por ser homem, tinha a centelha divina traduzida em sentimentos e emoções rudimentares.
Assim começava a escalada espiritual dos seres trazidos de outros níveis existenciais e de outros orbes em busca de desenvolvimento.
Vidas e mais vidas consecutivamente repetindo as mesmas histórias, acrescentando rudimentos emocionais que propiciaram os primeiros impulsos de vida social.
Um início muito difícil. Uma consciência muito rudimentar.
O despertar da inteligência trouxe o refinamento do aprendizado, progressivamente mais acelerado, pois à medida que foi acumulando cultura terrena e espiritual o homem foi acelerando seu aprendizado.
Planeta e homem, lentamente, transformaram-se em suave paraíso até encontrarmos o homem de terno e gravata, amável e agregado em famílias.
Hoje a velocidade com que se transmitem dados quer seja por meios eletrônicos, que seja por meio verbal, vem assustando os homens que vêem, numa mesma geração, hábitos e crenças se modificando.
Mudam, assim, hábitos, formas, leis e a visão de mundo.
Os homens que aqui chegaram viviam numa sociedade onde os valores morais e espirituais eram quase nulos.
Boa parcela a entendeu e seguiu um caminho em busca da luz esclarecedora da razão, outra parte continua com seus valores primários embora vivendo em meio físico totalmente transformado.
Aqueles que se empenharam no aprendizado, que fizeram o processo evolucionário, têm agora um caminho novo a seguir.
Em meio ao planeta modificado em sua aura, em seu nível energético mais sutil, tem o homem uma nova maneira de viver, um novo aprendizado a fazer.
Num nível mais sutil, percebe incrementos culturais mais sutis, mas refinados.
É hora de entender as sutilezas do conhecimento que fazem a diferença entre um ser angelical e um ser encarnado.
Emoções abrandadas, projetos de vida onde o tempo não é considerado tão importante, onde outros fatores entram em cena: cordialidade, generosidade, compaixão e tantos outros derivados do amor incondicional.
O emprego da força física e da força mecânica define o nível mais denso da experiência da vida. O emprego da força do pensamento coloca a experiência num nível mais sutil, mais refinado, mas espiritual.
A velocidade da transformação do mundo material num mundo mais etérico, assusta os homens que não acompanham o desenvolver da outra história.
Há uma história contada por homens e outra história contada por falanges espirituais que governam o planeta.
Pouco a pouco, esta realidade que se move entrelaçada com o mundo palpável, vai chegando ao conhecimento dos homens, e, paulatinamente, é incorporada por aqueles cuja capacidade de absorver a nova ordem está desabrochando.
Vivemos um momento em que os dois mundos estão visíveis aos que ascendem. Os que continuam cegos para a nova realidade continuarão em seu mundo de emoções fortes e experiências traumatizantes.
Novamente novos homens estão iniciando vida nova em planeta novo, que também evoluirão e ascenderão a níveis cada vez mais sutis, mas etéricos, mais elevados na escala espiritual.
Persista em viver em padrões emocionais mais elevados e você se verá alçado a estes novos patamares existenciais.

sábado, 6 de abril de 2013

Prevenir



Fala-se muito em prevenção de doenças.
Precisamos atentar para o seguinte: somos criadores, portanto a melhor forma de prevenir doenças é criar saúde. E, se criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade, porque seremos saudáveis.
Mas, e se aparecer uma doença?
Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos. 
Krishnamurti também adoeceu de um câncer de pâncreas e ele não era alguém que levasse uma vida desregrada. Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu. Devemos explicar isso para aqueles que creem que adoecer é fracassar.
O fracasso e o sucesso são dois mestres e nada mais. E, quando somos aprendizes, temos que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em nossas vidas.
Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade. A ansiedade é um sentimento de vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de ar. É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de buscarmos dentro. Surge quando buscamos nos acontecimentos externos, quando buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca interior. Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e posses. Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio aumenta.
Então, o que podemos fazer para nos libertarmos dessa angústia?
Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate, ou buscando um príncipe fora. Só passa a angústia quando entramos em nosso interior.
Te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo. 
A angústia vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que somos, de modo que ficamos no "deveria ser", e não somos nem uma coisa nem outra.
O stress é outro dos males de nossa época. O stress vem da competitividade, de que quero ser perfeito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é minha, quero imitar. 
E realmente só podemos competir  quando decidimos ser competidores de nós mesmo, ou seja, quando quisermos ser únicos, originais, autênticos e não uma fotocópia de alguém.
O stress destrutivo prejudica o sistema imunológico. Porém, um bom stress é uma maravilha, porque nos permite estar alertas e despertos nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades para emergir a um novo nível de consciência.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Centrando-se



A busca do centrar-se é necessária para que possas exercer tuas atividades com mais produtividade.

A serenidade deve estar presente nos atos que nos ligam ao mundo externo, bem como nas atitudes internas.

Buscar incessantemente o equilíbrio, o caminho do meio, longe dos excessos dos extremos é uma forma inteligente de buscar o crescimento pessoal.

O equilíbrio se traduz em serenidade, em paz interior.

Exercita diariamente, tira um tempo todos os dias para a prática consciente do centrar-se.

Não é necessário dominar filosofias nem técnicas especiais, procura estar presente nos afazeres domésticos, como tomar banho e se alimentar, depois transponha esta quietude para os afazeres externos.

Lenta mas progressivamente os resultados vão aparecer.

A autodisciplina é fundamental para se alcançar o aperfeiçoamento no trabalho e na exaustiva função de se aprimorar.

Aumentando a quietude, ampliamos nossa comunicação conosco mesmos.

Priorize aquilo que sentes seja tua atividade principal no caminho da evolução pessoal, é em torno dela que deves organizar tua vida.

A vida material nos foi concedida para isso, não percamos tempo com querelas.

Usufrui o que a vida te oferece de bom e vive em harmonia com teus irmãos, mas não percas a noção de que caminhas em uma direção.

Não te isola com medo de te perder, aprende a dançar conforme a música sem perder o ritmo e a noção da pista.

Observa as oportunidades em que possas estar fora do teu verdadeiro objetivo.

Tudo à tua volta oferece chances para aprendizado.

O caminho escolhido é composto de muitos atrativos, alguns te puxam para cima, outros para baixo.

A conveniência de escolher os que elevam é que evita a dor, o sofrimento, os pesares, a perda de tempo, o trabalho dobrado para achar novamente o rumo.

Há momento para trabalhar e há momento para brincar, também há a possibilidade de unir os dois e fazer do trabalho diversão.

É possível tornar o trabalho algo prazeroso, e é justamente aí que o trabalho se torna uma alegria e não um fardo.

É aí que ele se torna mais produtivo e traz como resultado um produto mais bem acabado, melhor elaborado, mais bonito e mais proveitoso.

É aí que entra o centrar-se como fator indispensável para unir as duas pontas.

Não percas muito tempo pensando ou falando sobre o que está errado, por duas razões: primeiro, porque podes estar equivocado em teu julgamento; segundo, porque estarás dando força, energia, fazendo crescer aquilo que acreditas ser maléfico, daninho, a ti ou a humanidade.

Ao pensar, falar ou discutir um assunto, estarás dando importância para ele e fazendo-o crescer.

Esquece aquilo que não te serve, ocupa teus pensamentos com aquilo que desejas ter, criar, melhorar e fazer crescer.

Comanda o trabalho, não deixa que ele te comande.

Tenhas mais tempo trabalhando em grupo para melhor compreender e direcionar as ações.

Juntos, em grupos, haverá maior possibilidade de troca de informações.

Atenção à sincronização dos fatos, ela traz uma mensagem importante, mostrando o caminho que estás trilhando.

Há um caminho que fazemos conscientes e outro que fazemos sem perceber quando não estamos atentos.

Os sinais vão balizando, mostrando as possibilidades de rota e crescimento.

Estando atento, centrado, é possível seguir um rumo certo, como ao seguir uma luz na escuridão.