sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Serviço ou Escravidão?


Cada orbe habitável é uma escola e tem suas regras próprias de aprendizagem. Na Terra, o ser cresce pelo exercício das emoções consequentes dos relacionamentos.

A emoção é uma característica do ser humano encarnado na Terra. Quando despojado do corpo físico o ser conduz-se pela ética.

Nasce de pai e mãe e vive em família, esse laboratório maravilhoso, onde vivencia as mais tórridas emoções. Quanto mais emoções ele vivencia, mais possibilidades para aprimoramento de seu caráter. A ausência de família é um contraponto do mesmo laboratório, com o qual também ele aprende.

Os fatos geradores de emoções podem ser o desenvolvimento, ou ausência do amor e do atrito, ambos valiosos como elementos propulsores de evolução.

O amor libera a felicidade imediata advinda da compreensão do bem que dele emana. O atrito leva o homem à reflexão sobre o quanto ainda necessita aprender para atingir a tão almejada perfeição; o atrito reflete seu interior, sua realidade.

Amor e atrito, ferramentas que o Universo coloca à disposição do ser humano para bem aproveitar a passagem por esta escola. Materiais de primeira qualidade que, numa linguagem moderna, poder-se-ia dizer de última geração.

Ao amor o homem tece loas, faz versos e o canta em todos os ritmos. Ao atrito destina os mais sofridos sentimentos de abominação. Tem horror ao atrito, à exceção daqueles que sabem tirar da situação seu verdadeiro fruto, o crescimento individual. O que o atrito o leva a perceber, o assusta, o entristece.

Fora do plano carnal, a ética rege a conduta do ser. Há uma ética universal de respeito ao próximo seguida pelos seres que já avançaram na vereda luminosa, mas há os que a ignoram e fazem seu caminho regido por uma ética egocêntrica, da busca incansável por satisfazer suas necessidades individuais. Buscam, nos outros a energia que não sabem absorver da fonte primordial que conhecemos por Deus.

Havendo duas maneiras básicas do ser desencarnado conduzir a satisfação de suas necessidades, encontramos duas maneiras básicas dos encarnados se relacionarem com eles: a colaboração e a submissão.

Só há uma maneira de um ser fazer parte da comunidade de um planeta: é estar encarnado neste planeta. Só o ser encarnado pode pensar na condução do desenvolvimento humano sobre o orbe. Na condição de desencarnado, cabe-lhe, se quiser trabalhar em favor dessa humanidade, colaborar com os encarnados, auxiliando-os.

O comando de qualquer ação que diga respeito ao destino dos encarnados deve partir dos humanos. São, estes, portanto, os responsáveis pela condução da evolução da humanidade na Terra.

Se a vontade do homem for a de permanecer como está, o universo responderá: assim será; entretanto, se sua vontade for a de progredir, o universo também dirá: assim será. Em ambos os casos, estará o humano sujeito às leis que regem os ciclos universais.

Aquele que desejar ampliar sua consciência poderá contar, para tanto, com aqueles que se colocam à disposição para acompanhá-lo na busca: os seres espirituais, que decidiram permanecer junto à Terra como missionários da evolução humana.

Encontramos espíritos presos à crosta terrestre por questões egocêntricas e espíritos que voluntariamente permanecem nessa condição por amor.

Com quais e como se relacionar com eles? Cabe a cada ser humano decidir sobre seu interesse nesse relacionamento. Um relacionamento de associação e companheirismo, no qual ambos buscam crescer, ou um relacionamento de submissão e de interesses próprios e imediatos?

Cada ser humano deve esforçar-se em compreender como está se relacionando com o mundo espiritual. Não há como alguém dizer para outrem que seu relacionamento é certo, ou errado, porque isso está dentro de seu livre arbítrio, mas é possível perceber as conseqüências desses relacionamentos. Enquanto curadores, podemos orientar para nossos irmãos observarem o resultado de suas ligações; se elas trazem serenidade, alegria e sentimento amoroso, ou o contrário disso.

Espíritos comprometidos com a evolução humana não dão ordens, não aprisionam, não decidem sobre os destinos dos encarnados, porque a ética universal é de não intromissão nos destinos dos povos encarnados.

Guias espirituais colocam-se à disposição para o que o ser encarnado deseja fazer, nunca o contrário.

Quando sente que necessita desenvolver suas capacidades mediúnicas, está o ser humano sendo impulsionado por seu “eu interior” consciente de seus compromissos.

Espíritos podem estar esperando pela decisão de trabalhar conjuntamente, mas nunca os forçando a fazê-lo.

O papel do homem é o de impulsionar e nortear os projetos por ele sonhados um dia, mesmo quando fora do plano físico.

Se um ser quiser viabilizar, na dimensão terrena, seus projetos, deverá encarnar-se para então poder manifestar ao universo seu desejo terreno, enquanto espírito só lhe cabe apoiar os sonhos dos encarnados. No plano espiritual ele tem outras opções de desenvolvimento em outras dimensões que não necessitam envolvimento com seres encarnados na Terra.

Assim sendo, torna-se necessário aos humanos tomar consciência da importância dos anseios de uma vida melhor para a humanidade, pois haverá sempre um grupo espiritual pronto para apoiá-los nesses projetos.

A responsabilidade pelo futuro da integridade do planeta e do ser humano é de cada um dos encarnados.

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