No pensamento grego, particularmente na escola de Platão e de Pitágoras, o “bem”é representado não apenas como a moralidade, mas como proporção e harmonia, também implicando lei e ordem.
A harmonia não é uma resposta emocional prazeirosa – embora o equilíbrio emocional seja impossível sem ela - mas uma necessidade universal e controlada pela mente, exigente em suas demandas e severa em suas repercussões, com conseqüências punitivas naturais quando leis do equilíbrio e da harmonia são desobedecidas.
Confúcio associava a moralidade com a harmonia e com a visão de mundo equilibrada do homem perfeito. A capacidade de reconhecer o paralelo com seu próprio caso pode ser chamada de o segredo da bondade.
Quando um discípulo perguntou-lhe sobre a virtude, Confúcio respondeu: “Significa, quando se viaja a um país estrangeiro, comportar-se com cada um como se estivesse recebendo um hóspede importante e não fazer com os outros aquilo que não gostaria que fizesse com você”
O taoísmo ensina através de exemplos e o filósofo deve viver suas convicções.
Tanto para o indivíduo como para a sociedade, a felicidade depende muito do amor, mas nem sempre se compreende que para amar os outros como a si mesmo é necessário começar por si mesmo.
Santo Agostinho sustentava que o tipo certo de amor começa pelo amor a si mesmo antes de ser estendido aos outros. A partir desse ponto deve estender-se para além dos seres naturalmente amados, ao ponto de se amar os próprios inimigos.
Não se trata de uma preocupação em fazer o bem aos outros e sim a compreensão da unidade de toda a vida, humana, animal e vegetal, e o reconhecimento do total envolvimento nela.
Aquele que vê todos em si e vê a si mesmo em todos, desta forma vendo o mesmo Deus vivendo em tudo, ele, o Sábio, não mais aniquila o ser.
O conhecimento real, a verdade, só pode ser obtido através da experiência direta; todo o resto é simplesmente conhecimento “a respeito de” alguma coisa.
J.C.Cooper
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