domingo, 15 de maio de 2011

O Dom e o Conhecimento


Passamos a vida acumulando conhecimentos. Desde a tenra infância nos entregam à escola para aprendermos a ler e escrever e no bojo dessa intenção acabamos incorporando tudo o que as autoridades da área da educação pública entendem como base científica para um aprendizado ideal.
Quando e com que bases foram instituídos os currículos escolares? Não me lembro, nestes meus sessenta anos, de ter ouvido ou lido notícia de qualquer discussão pública sobre o assunto.
Matemática, português, história, geografia, ciências e outras disciplinas, que fazem parte do currículo das escolas, são base para quê?
Um educador responderia que tais disciplinas formam a base para o desenvolvimento do intelecto e para a formação cultural mínima de um cidadão. Um economista diria que formam mão-de-obra qualificada para o mercado. Um advogado diria que nos confere cidadania.
Está certo, o currículo vigente nas escolas brasileiras, realmente nos prepara para o mercado e ajuda a nos tornar cidadãos; e isso é tudo de que precisamos?
Claro que não, a escola faz apenas uma parte de nossa educação, a outra, e a mais importante, obtemos pelos ensinamentos e exemplos dados por nossos pais.
Dentro da família encontramos o essencial que nos vem sendo transmitido oralmente, de pai para filho, desde que o homem progressivamente se formou em família, clã, tribo na Terra.
Essa transmissão oral vem sendo acrescida dos conhecimentos inerentes à natural evolução humana, entretanto, todo o escopo de nosso conhecimento não vem somente de fora para dentro, quer seja pelas escolas ou pelos pais, há uma parcela que captamos por um canal especial: a intuição.
A intuição é a forma mais sutil e, talvez, a mais aprimorada para a transmissão de conhecimentos. Para percebê-la necessitamos aprender a ouvir nossa fonte essencial, precisamos nos escutar e auscultar para perceber o que emana de nosso interior.
É no interior, que tanto se poderia chamar de alma ou de espírito, que está a fonte da sabedoria que ansiamos encontrar nas escolas e nos veículos de comunicação.
Visitamos bibliotecas, museus, sítios arqueológicos em busca de informação e quase nunca nos damos conta de que o que buscamos com tanta intensidade está dentro de nós.
É por via da intuição que recebemos as melhores informações para conduzir nossa vida em plenitude, na percepção dos dons que nos afloram e que nos conduzem a uma manifestação de vida mais intensa e verdadeira, pois estão em consonância com nossa real natureza em evolução.
Quando pomos esses dons a serviço da humanidade, nos realizamos como seres divinos, pois o conhecimento e os nossos dons provêm de Deus, não nos pertencem, são da humanidade.
Quando deixamos que esse conhecimento passe autenticamente a fazer parte de quem somos, evoluímos e alcançamos a tão almejada sabedoria que nada mais é que deixar que Deus se manifeste em nós fluindo por meio de nossos atos.

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