sexta-feira, 20 de maio de 2011

Reencarnando

A reencarnação preconizada pelas filosofias orientais, fazendo parte da vida humana nas antigas civilizações pré-colombianas - mais e incas - é ainda, em pleno século vinte e um, desconhecida e abominada por parcela das religiões de fundamentação cristã.

O espiritismo, que tenta reeditar o cristianismo dos primeiros dias, tem como certa a reencarnação do ser humano na busca de seu aperfeiçoamento, considerando que, a cada passagem pela Terra, o ser vai se apurando até alcançar um patamar a partir do qual não necessita mais dessa experiência.

Acredito, também, nesse processo de desenvolvimento gradual, mas penso que isso possui algumas nuances que se alteram no desenrolar desse crescimento.

Seres espirituais muito distanciados da luz, ou seja, com a consciência empírica de sua divindade tendem a mergulhar numa encarnação ferrenhamente, buscando na experiência terrena uma possibilidade de saciar sua sede de conhecimento e ao se instalarem no corpo físico satisfazem-se com os prazeres que o mundo tridimensional oferece. Buscam, tais seres, a energia num nível vibracional mais baixo, mais próximo de sua sensibilidade e sua percepção do que seja a vida.

Perdem a noção de quem são, de onde vieram e acreditam piamente só existir o mundo até onde seus olhos alcançam. Na roda das encarnações vão vendo desabrochar a percepção do que seja a verdadeira vida.

Lentamente, no convívio com seres mais esclarecidos, vão percebendo a existência de níveis existenciais superiores e iniciam o processo de espiritualização e expansão de sua luz, deixando de viver em função de si mesmo e começando a procurar a interação com a origem de tudo.

Aos seres que já atingiram um patamar mais elevado e que se encontram num processo de entrega de si, de crescer pela ampliação da emanação consciente de sua luz, a encarnação passa a ser optativa e não mantém mais sua consciência aprisionada num cérebro orgânico quando encarnado.

O ser que se encontra numa encarnação optativa, missionário de auxílio à humanidade, tem sua existência ampliada. Mantêm sua atividade em seu nível existencial e paralelamente em níveis menos avançados.

À medida que o ser avança, sua consciência torna-se mais ampla e sua presença passa a ser concomitante em diversos planos existenciais.

A sua parcela encarnada também consegue ter uma visão diferenciada dos demais à sua volta, pois consegue alcançar além do que os órgãos físicos registram.

O ser passa a ser universalista a assume uma postura onde sua luz transpassa vários níveis vibracionais, atingindo vários mundos. Quanto mais cresce mais expande sua atuação.

Podemos, então, compreender que Deus, que é a perfeição, está em todos os lugares do universo.

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